A diretora do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, foi eleita nesta quinta-feira (1º), em primeiro turno, como a nova reitora da instituição. Ela deve comandar a UnB até 2020 e é a primeira mulher eleita para o cargo.
Os nomes de Márcia e do vice-reitor, Enrique Huelva, serão encaminhados para o Conselho Universitário (Consuni), que tem até 16 de setembro para homologar o resultado. Uma lista tríplice, com o resultado eleitoral, será enviada à Presidência da República.
O presidente Michel Temer pode seguir ou não o resultado definido pela consulta pública. Também cabe a ele promover a nomeação e a posse dos novos titulares – o regulamento não determina um prazo para que isso aconteça.
Estudantes, professores e técnicos administrativos puderam votar na consulta pública entre terça (30) e quarta (31), em urnas espalhadas pelos quatro campi da UnB – Plano Piloto, Gama, Ceilândia e Planaltina. A apuração foi feita no Centro Comunitário da UnB e acompanhada pela comunidade acadêmica.
A chapa composta por Márcia e Huelva ganhou dos candidatos à reeleição, Ivan Camargo (atual reitor) e Sônia Báo (vice-reitora), e da chapa composta por Denise Bomtempo e José Manoel Sánchez. Em 2012, Márcia Abrahão chegou ao segundo turno, mas foi derrotada por Camargo.
A consulta para reitor segue um critério de proporcionalidade definido pela UnB, em que cada categoria de eleitor (estudantes, professores e técnicos) tem o mesmo peso no resultado.
No resultado oficial divulgado pela UnB, a chapa vencedora teve 53,34% dos votos válidos. A chapa que concorria à reeleição teve 35,19% e a dupla formada por Denise e Sánchez teve 11,46%. Dos 15.320 votos válidos, 8.398 foram para Márcia e Huelva.
Perfil
Márcia Abrahão Moura dá aula na UnB desde 1995 e tem graduação, mestrado e doutorado na universidade. Nascida no Rio de Janeiro, mora em Brasília desde a adolescência. Além da atuação acadêmica, tem passagens pela Petrobras e pelo Banco Central.
Entre 2008 e 2011, Márcia foi decana de Ensino e Graduação e ajudou a implementar o Programa de Reestruturação Universitária (Reuni), que expandiu a oferta de cursos e vagas na UnB.
As pautas defendidas pela chapa durante a campanha eleitoral incluíam a criação de um programa de acompanhamento dos alunos formados, o aumento da integração com outras instituições de ensino do Centro-Oeste e o incentivo a estratégias como carona solidária e bicicletas compartilhadas.
Enrique Huelva é diretor do Instituto de Letras desde fevereiro de 2014, após ter atuado como coordenador dos cursos noturnos de Graduação, chefe do Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução, vice-diretor do Instituto de Letras e coordenador do Núcleo de Recursos e Estudos Hispânicos. É, também, diretor-geral do Instituto Confúcio na UnB.
Desde 2002, ministra aulas no curso de graduação em Letras e no Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada. Possui mestrado em Filologia Germânica, Filologia Hispânica e História e doutorado em Linguística pela Universidade de Bielefeld (Alemanha), onde atuou como professor de Filologia Hispânica entre 1997 e 2002.
Sua produção acadêmica está relacionada ao estudo do vínculo entre gramática e cognição, dos processos de gramaticalização (especialmente nas línguas românicas) e dos processos de ensino e aprendizagem de línguas.
Fonte: G1 / Distrito Federal – Foto: Reprodução/UnB
Comunicação CRUB
(61) 3349-9010