UFRGS acolhe desabrigados da enchente no Ginásio da Esefid

Estrutura da Universidade, no Jardim Botânico, recebe pessoas que precisaram sair de casa durante a cheia do Guaíba

Desde as primeiras horas deste sábado, dia 4 de maio, o Ginásio da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança (Esefid/UFRGS), localizado Jardim Botânico, recebe pessoas desabrigadas devido à situação de calamidade pública que atinge o Rio Grande do Sul. De acordo com o reitor Carlos André Bulhões Mendes, o vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes, e o diretor-geral da Defesa Civil de Porto Alegre, Evaldo Rodrigues Junior, por volta das 4h30 de hoje, encaminharam a solicitação para uso desse espaço da UFRGS : “Entraram em contato pedindo para recebermos pessoas desabrigadas aqui no Ginásio da Esefid. Pessoas que dormiram nos ônibus, algumas ainda molhadas, e pessoas que infelizmente perderam entes queridos. Algo muito duro, algo muito triste, e estamos tentando aqui acolher da melhor forma, com o espaço para se abrigarem e disponibilizando nossa estrutura dos restaurantes universitários que, desde o primeiro momento, estão atendendo a estas pessoas”, relatou Bulhões.

No ginásio, a população tem recebido abrigo, roupas e alimentação. De acordo com o reitor, “a cidade de Porto Alegre e o estado do Rio Grande do Sul estão passando por um momento muito triste, e o sentimento que deve prevalecer, em nosso íntimo e de toda a população, quem pode, é tentar dar um alívio ao sofrimento daqueles que não têm as mesmas condições que nós temos”. Na Esefid estão sendo entregues algumas doações, mas a Prefeitura de Porto Alegre recomenda que essas doações sejam canalizadas para as estruturas oficiais, como Defesa Civil e Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC), de forma que a própria Prefeitura faça a distribuição.

Quanto aos possíveis prejuízos materiais à estrutura da Universidade durante a catástrofe, o reitor informa que “a estrutura da UFRGS está íntegra, apesar de ser uma Universidade que conta com 540 prédios, muitos deles antigos. Em alguns lugares temos goteiras, mas os prédios estão funcionais”. Ela ainda informa que foi necessária fazer a transferência de estudantes de uma moradia estudantil para outra, em razão dessas infiltrações.

Acolhida

A pró-reitora de Assuntos Estudantis, Ludymila Barroso Mallmann, interlocutora das ações junto aos órgãos da Prefeitura de Porto Alegre, também está coordenando as ações na Esefid. Ela relatou que “o acolhimento destes desabrigados está sendo feito pela Prefeitura de Porto Alegre e pelos nossos colegas da UFRGS. Eles passam pela triagem, a FASC faz o cadastramento das famílias, recebem toalha, artigos de higiene, roupas, temos os colchões destinados, todos os itens de necessidade básica para passarem o dia, depois a noite, pelo período que for necessário.”