Professora da UESPI lidera projeto premiado no Nordeste Neon e leva inovação piauiense ao Web Summit em Lisboa

O projeto Apoty, liderado pela professora Olivia Mafra, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), conquistou destaque no maior evento de inovação, tecnologia e empreendedorismo do Nordeste (Nordeste Neon),  realizado no Centro de Convenções de Teresina, nos dias 3 e 4 de julho. Além disso, o projeto será apresentado em Lisboa, Portugal, no Web Summit, um dos maiores eventos de tecnologia e inovação do mundo.

PROJETO APOTY:

O projeto desenvolve soluções de baixo custo, com o objetivo de promover maior independência, qualidade de vida e inclusão para pessoas com deficiência (PcD). A professora destacou a importância da tecnologia assistiva e a necessidade que percebeu de trazê-la ao Brasil, reforçando que a Apoty nasceu de uma dor que se transformou em propósito. A tecnologia assistiva compreende recursos e serviços desenvolvidos com o objetivo de promover a inclusão, a acessibilidade e a autonomia de pessoas com deficiência na realização de atividades do dia a dia.

Com isso, vale ressaltar que a premiação evidencia o protagonismo crescente da pesquisa acadêmica, além do esforço da equipe, que foi além das fronteiras do estado e buscou tecnologia fora do país para o desenvolvimento do projeto. Assim, a premiação e sua representação em Lisboa são fruto de um processo de trabalho e de luta por mais tecnologias de acessibilidade.

A conquista representa mais do que uma premiação, mais a validação de um de um trabalho coletivo e dedicado. “Esse reconhecimento representa a realização de um sonho coletivo. Para mim e para toda a equipe da APoTY, é a prova de que a inovação desenvolvida dentro da universidade pública tem potencial para transformar vidas. É também um sinal de que estamos no caminho certo, conectando tecnologia, inclusão e impacto social. A universidade servindo a comunidade”, ressaltou a professora Olivia Mafra.

Já a Professora de psicologia da UESPI e integrante da equipe Apoty, Nadja Caroline Pinheiro, frisou sobre o projeto em que busca um diferencial na área de comunicação alternativa e aumentativa na área de tecnologia assistiva. “Abraçamos essa causa porque já trabalhamos, claro, com a área de tecnologia e acessibilidade, mas principalmente pela possibilidade de utilizar o conhecimento que a gente adquira na universidade para ampliar a atuação junto a esse público”, relatou.

Nadja Pinheiro ainda concluiu falando sobre a internacionalização da Apoty enquanto startup, na qual representa não só a UESPI e o Piauí, mas o Brasil, além da possibilidade de trocas de conhecimentos, assim como aprender com outras experiências. “A tecnologia assistiva, durante décadas, foi conhecida como um conjunto de recursos de alta tecnologia, que realmente são recursos bons. E essa possibilidade demonstra que, com o conhecimento, com a universidade, ela consegue fornecer para a sociedade a devolutiva do conhecimento e do investimento público.”

Como parte da etapa internacional, o projeto será apresentado em Lisboa, Portugal, no Web Summit, o evento vai reunir pessoas de diversas nacionalidades que apresentam seus trabalhos nas áreas de tecnologia e inovação, entre elas estará o projeto APoTY, que nasceu na Universidade Estadual do Piauí, representando com força o ensino público, o estado e o país.

A profa. Olivia destacou que a etapa em Lisboa significa ampliar fronteiras, atrair investidores e buscar parcerias globais para acelerar o desenvolvimento e distribuição. “Esperamos conquistar aliados estratégicos que nos ajudem a tornar a comunicação acessível para crianças autistas em diferentes partes do mundo, mostrando que o Piauí também é um polo de inovação com soluções de impacto global,” pontuou.

Vale lembrar que, no processo seletivo das startups, o Projeto Apoty foi selecionado entre os 20 melhores, dentre 100 selecionados, o que já demonstrava seu destaque desde o início para o evento  que agora segue em âmbito internacional. A professora ainda frisou sobre o sentimento de representar a UESPI em um evento como Web Summit Lisboa. “Levar o nome da nossa universidade para o mundo, mostrando a força da pesquisa e do empreendedorismo que nasce dentro dela. Essa conquista é coletiva, fruto do apoio institucional. Esperamos incentivar outros professores a seguir o Empreendedorismo também” concluiu.

PAPEL DO NÚCELO DE INOVAÇÃO E TECNOLOGIA (NIT):

O Núcleo de Inovação e Tecnologia (NIT) é responsável pelo desenvolvimento científico, tecnológico, de inovação e empreendedorismo da universidade. Assim, ele atua incentivando a inovação, a pesquisa científica e tecnológica, além de coordenar processos de negociação e transferência de tecnologia com o  papel fundamental na criação e gestão sustentável de incubadoras de empresas, com a missão de fortalecer a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação na comunidade acadêmica.

Dessa maneira, o NIT foi um importante impulsionador do projeto Apoty, uma startup que nasceu na universidade. O programa oferece apoio aos projetos e busca promover seu desenvolvimento por meio de suportes estratégicos, especialmente durante o período de produção. O Diretor do Núcleo de Inovação Tecnológica, Tales Antão, ressaltou a atuação do programa, que vai além do suporte estratégico na criação de startups, oferecendo também orientação e estímulo contínuos. “Dentro desse processo, a Apoty surgiu a partir de um edital de fomento, nós divulgamos a oportunidade, acompanhamos todo o processo de criação da startup e, posteriormente, incentivamos o registro das propriedades intelectuais geradas por ela”, destacou.

Tales também compartilhou o sentimento de realização ao ver a Apoty se destacando no maior evento de tecnologia e inovação do Nordeste e representando a universidade internacionalmente, em Lisboa. “Ver a Apoty se sobressaindo no evento, estando entre as melhores, e levando o nome da UESPI e do Piauí para Lisboa é um sentimento de emoção e gratidão. Isso nos leva a refletir sobre o papel fundamental da universidade no fomento à inovação”, concluiu.

O caso da Apoty evidencia a importância de programas como os desenvolvidos pelo NIT, que promovem não apenas a criação de negócios inovadores, mas também fortalecem o papel social e científico da universidade, conectando ensino, pesquisa, tecnologia e desenvolvimento sustentável.

Integrante da equipe da Startup do Apoty:

Prof. Olívia Mafra , fisioterapeuta, Doutoranda em Engenharia Biomedica

Prof. José Vigno , Prof Alcemir Santos – tecnologia da Informação:  Uespi Piripiri

Prof. Nadja Pinheiro , psicóloga Doutora em Educação Especial

Prof Antônio Maia – Doutor em Engenharia Biomedica