Conheça quatro pesquisas sobre câncer de mama feitas na UFU em 2025

Do diagnóstico a tratamentos inovadores, os estudos identificam caminhos diversos no combate à doença

O câncer de mama é um dos principais desafios da saúde pública no Brasil. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), esse é o tipo de câncer mais frequente entre as mulheres de todas as regiões do país. A cada ano, o número de diagnósticos aumenta, e a ciência segue avançando com estudos que buscam aprimorar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da doença.

Nos últimos anos, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) tem se destacado com pesquisas inovadoras na área. Selecionamos quatro estudos desenvolvidos em 2025 para mostrar como os cientistas da instituição têm contribuído em diferentes frentes, do acesso ao conhecimento, a detecção precoce e o tratamento mais eficazes. Cada uma das iniciativas amplia o conhecimento científico em diferentes áreas de estudo, reforçando o compromisso da UFU com o enfrentamento do câncer de mama.

Equidade no diagnóstico

Em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Engenharia Biomédica, Priscila Nunes investigou as barreiras que impedem pessoas com deficiência (PcD) de acessar de forma efetiva o rastreamento, o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama. No estudo “Equidade no diagnóstico e tratamento do câncer de mama em pessoas com deficiência: desafios e perspectivas para um atendimento eficiente”, a pesquisadora identificou barreiras multidimensionais que aumentam os riscos de diagnósticos tardios e dificultam o cuidado integral. O trabalho aponta a necessidade de ações como adaptação de infraestrutura, capacitação contínua de profissionais e comunicação acessível para garantir um diagnóstico mais equitativo.

Uso de inteligência artificial no diagnóstico precoce

O TCC de Gustavo Resende no curso de Ciência da Computação investigou e comparou diferentes modelos de redes neurais convolucionais (CNNs), um tipo de inteligência artificial, para auxiliar no diagnóstico precoce do câncer de mama. A “Comparação de modelos de CNN na detecção de câncer de mama utilizando imagens infravermelhas multiângulo” utilizou imagens termográficas, que registram o calor do corpo em diferentes ângulos, e mostrou que o uso desses algoritmos é uma ferramenta promissora para identificar sinais iniciais da presença da doença.

Nanotecnologia durante o tratamento

A dissertação de Hellen Oliveira, do Programa de Pós-graduação em Química da UFU (PPGQUI), intitulada “Nanocompósito contendo hexacianoferrato de cobalto/nanotubos de carbono/ácido fólico para a aplicação em terapia fotodinâmica visando o tratamento de câncer de mama”, analisa a aplicação de nanotecnologia no tratamento oncológico, especificamente no câncer de mama triplo-negativo (CMTN), um subtipo agressivo e de difícil tratamento. O estudo destacou o potencial de hexacianoferrato de cobalto, nanotubos de carbono e ácido fólico na terapia fotodinâmica, apontando resultados promissores para o tratamento do CMTN.

Potencial terapêutico de compostos metálicos

Outra pesquisa, desenvolvida por Gislaine Rocha, do Mestrado em Genética e Bioquímica da UFU, investigou a  “Influência de novos complexos ternários de cobre sobre o perfil transcricional de lncRNAs em células de câncer de mama triplo-negativo”. Ao analisar a ação desses compostos sobre as células cancerosas, a pesquisadora identificou potencial terapêutico em alguns complexos e ressaltou a necessidade de estudos mais aprofundados sobre os mecanismos moleculares envolvidos na atividade antitumoral.

Fonte: Aléxia Vilela / Portal Comunica UFU