Unioeste de Toledo sedia o IV Seminário de Perspectivas do Agronegócio que debate desafios e potencialidades do setor

A busca por soluções sustentáveis para o campo foi o ponto central do IV Seminário de Perspectivas do Agronegócio, realizado na noite desta segunda-feira (10) de novembro na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Toledo. Com o tema “Bioinsumos: potencialidades e desafios”, o evento reuniu estudantes, professores, pesquisadores e profissionais do setor produtivo para discutir o futuro da agricultura em uma era marcada pela inovação e pela responsabilidade ambiental.

O seminário contou com a participação de Amália Cristina Piazentim Borsari, diretora da Área de Biológicos da CropLife Brasil, e Marcelo de Godoy Oliveira, CEO da Cogny, considerado o maior ecossistema de empresas de biotecnologia do mundo. O encontro teve a iniciativa dos programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio (PGDRA), Mestrado em Economia, Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), curso de Ciências Econômicas do campus de Toledo e Sicoob Meridional, tendo como objetivo ampliar o debate sobre as transformações no agronegócio brasileiro, integrando conhecimento acadêmico e práticas de mercado.

“O Brasil é uma liderança global no desenvolvimento de tecnologias voltadas aos bioinsumos. É importante reconhecer os desafios que ainda existem, mas também as grandes oportunidades que o país possui. E nesse processo, a Universidade tem um papel essencial, porque o agro só será forte se houver ciência e quem desenvolve ciência são as universidades”, destacou Marcelo de Godoy Oliveira, CEO da Cogny.

O secretário de Agricultura e Proteína Animal de Toledo, Luiz Bombardelli, comenta que o assunto dos bioinsumos é uma tendência mundial e que vem ocupando espaços antes dominados pelos defensivos químicos. “Nosso objetivo é difundir o uso desses produtos mais sustentáveis e incentivar os municípios a olharem com mais atenção para essa alternativa. Temos, inclusive, a meta de que até 2030 a merenda escolar seja composta 100% por alimentos orgânicos, e os bioinsumos se encaixam perfeitamente nesse propósito. Além disso, estamos desenvolvendo um projeto de hortas urbanas que dependerá exclusivamente desses insumos, já que nas áreas urbanas não é permitido o uso de produtos químicos”, explica.

“É um prazer estarmos novamente reunidos neste espaço, agora para discutir um tema tão relevante para o futuro do agronegócio e da sustentabilidade. Quero cumprimentar todos os presentes e reforçar o compromisso da Universidade em aproximar o conhecimento científico das demandas da sociedade. Nosso papel é esse: levar para fora o que produzimos aqui dentro e, ao mesmo tempo, trazer os desafios do campo e da indústria para dentro da Universidade, construindo soluções em conjunto”, menciona a Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Unioeste, professora Sanimar Busse.

Para o presidente da Câmara Municipal de Toledo, Gabriel Baierle, é uma alegria muito grande estar novamente na Unioeste e poder participar de mais um importante evento da Instituição. “Vivemos um momento único de parceria entre a Câmara e a Unioeste, fortalecendo o diálogo e construindo juntos o futuro de Toledo. A cidade tem se transformado, deixando de lado sua característica provinciana e assumindo uma postura cosmopolita, voltada para o Brasil e para o mundo. E isso só é possível quando investimos em educação, ciência e pesquisa, pilares que fazem de eventos como este um verdadeiro patrimônio para nossa região”, afirma.

“É uma alegria imensa estarmos reunidos neste seminário, com alunos, professores, representantes do poder público, da agricultura e das cooperativas”, destacou a diretora-geral da Unioeste, campus de Toledo, professora Patricia Sala. “Esse momento simboliza a importância de unirmos forças para pensar o ambiente e a agricultura de forma conjunta. A Unioeste se orgulha de ser esse espaço de diálogo e construção de conhecimento. Já estamos na sexta edição desse encontro e seguimos firmes no compromisso de equilibrar produtividade e sustentabilidade”.

Texto: Alexsander Marques / UNIOESTE