A avaliação do Pibid, do Parfor e da Residência Pedagógica, bem como o Novo PAR e a cooperação com países do Mercosul, foram temas da 43ª reunião do CTC-EB
Nos dias 6 e 7 de novembro, os integrantes do Conselho Técnico Científico da Educação Básica (CTC-EB) se reuniram na CAPES. A pauta contemplou temas relacionados às ações da agência federal na formação de professores. As discussões envolveram a participação do Brasil no Setor Educacional do Mercosul, o Projeto de Avaliação do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), o Programa Residência Pedagógica (PRP) e o Programa de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), e a inclusão do Parfor e da Universidade Aberta do Brasil (UAB) no Novo Plano de Ações Articuladas (Novo Par).
Ao participar da reunião, a presidente da CAPES, Denise Pires de Carvalho, voltou a defender a ampliação de oportunidades para que os professores brasileiros tenham acesso à formação em nível de mestrado. “Precisamos discutir o tema na política de educação superior, entendendo a complexidade e as dimensões do país, para que no futuro consigamos atingir esse objetivo”, destacou.
Denise também falou sobre sua participação na Caravana Científica e Cultural Iaraçu, que ouviu relatos de estudantes, docentes e gestores dos programas de formação de professores da CAPES/MEC nas instituições de ensino superior na Amazônia. O projeto vai documentar as estratégias de adaptação às mudanças climáticas. Durante a navegação, o barco fez escalas em várias cidades e comunidades ribeirinhas dos estados do Amazonas e Pará.
Em relação ao Novo Par, foi apresentado um panorama das ações em curso, incluindo um webinário realizado em outubro, que contou com a participação de cerca de 800 gestores e técnicos de redes públicas de ensino. O evento discutiu estratégias para alinhar as ofertas de cursos do Parfor e UAB aos planejamentos das secretarias de educação, fortalecendo o diálogo.
A diretora de Formação de Professores da Educação Básica da CAPES, Marcia Serra Ferreira, ressaltou que a inclusão do Parfor e da UAB no Novo Par será relevante para que os dois programas sejam ainda mais estratégicos. “Com essa iniciativa, os gestores das redes públicas de ensino poderão indicar onde há necessidade de formação e assim teremos um diagnóstico mais correto de onde atuar em parceria com as instituições de ensino superior”.
Outro ponto central da reunião foi a avaliação dos programas Pibid, PRP e Parfor, conduzida em parceria entre a CAPES/MEC e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O estudo busca compreender a trajetória dos egressos e o impacto das ações de formação de professores da educação básica. A coordenadora do estudo pela CGEE, Sofia Daher, apresentou detalhes metodológicos da pesquisa, que subsidiará o aprimoramento das políticas públicas voltadas à valorização dos atuais e futuros docentes.
A reunião também tratou do processo de institucionalização do Pibid, trazendo elementos de uma nova Portaria que transformará o programa em uma ação contínua, com monitoramento e avaliações bienais. “Já estamos finalizando o conteúdo da Portaria para que possamos dar início ao novo processo de avaliação do Pibid”, explicou Marcia Ferreira.
Sobre o CTC-EB
O Conselho Técnico-Científico da Educação Básica (CTC-EB) auxilia a CAPES/MEC na elaboração da Política Nacional de Formação dos Profissionais do Magistério, além de colaborar na definição de políticas e diretrizes relacionadas à formação inicial e continuada de professores. A composição do CTC-EB conta com representantes da CAPES, de outros órgãos do Ministério da Educação e de organizações da sociedade.