Acadêmicos irão discutir as soluções para a crise no Brasil

seminario ABQO acadêmico Jorge Gerdau será um dos palestrantes do II Seminário ABQ Qualidade Século XXI – A Qualidade e a Realidade Brasileira, no dia 12 de novembro próximo, na FIESP, em São Paulo (SP). Para ele, nos momentos de crise vem à tona todas as verdades e deficiências competitivas de uma empresa, país ou sociedade. “E é esse choque de realidade que estamos vivendo no Brasil, com a drástica redução da produção industrial e a diminuição dos postos de trabalho. Precisamos, portanto, pensar o Brasil como fazemos em uma empresa, avaliando as suas principais dificuldades para enfrentar a crescente competitividade internacional, guiando-se pelos melhores exemplos vigentes em outras nações, o que chamamos de benchmarks”.

Segundo Gerdau, entretanto, para se iniciar esse processo há a necessidade, antes de tudo, de se ter a consciência da crise. “Isso é fundamental para buscarmos soluções para minimizar as deficiências do país. Por exemplo, investir em uma fábrica ou em uma usina para geração de energia no Brasil, devido aos impostos sobre o imobilizado, custa entre 30%-40% a mais do que em outros países estruturados para aumentar a sua competitividade e, consequentemente, o seu desenvolvimento”, enfatiza.

Outro palestrante será o acadêmico Vicente Falconi, que responderá às perguntas que forem formuladas por ocasião da inscrição dos participantes. Para ele, o país precisa passar por uma modernização da gestão pública, por meio da implantação de um sistema gerencial totalmente focado em resultados de curto, médio e longos prazos. “Em quase todos os casos, o foco de atuação deverá se voltar para quatro frentes de trabalho: redução de despesas por meio de benchmarks, melhores práticas e eliminação dos desperdícios (fazer mais com menos); aumento da eficiência da arrecadação com técnicas modernas de análise e identificação de oportunidades para o combate à sonegação e omissões no recolhimento dos tributos (aumentar receitas sem aumentar impostos); aumento da eficiência operacional, visando a qualidade, custo, prazo, segurança e meio ambiente; planejamento estratégico com desdobramento de metas; e gerenciamento de projetos por meio de um método estruturado, padronizado e que garanta um bom planejamento e o atendimento dos prazos e orçamentos estabelecidos”.

Jairo Martins, outro palestrante, informa que, de acordo com a pesquisa da Global Entrepreneurship Model, de 2014, o Brasil é o terceiro país com maior número de empreendedores, atrás apenas da Uganda e da Tailândia. Segundo o Business Insider, do Reino Unido, 13,8% da população brasileira busca oportunidades para empreender como comerciantes autônomos, o tipo de negócio mais aberto que existe. E é isso que coloca o Brasil entre os dez países mais empreendedores. Ser empreendedor não significa, necessariamente, ser inovador. E, nesse ponto, há um caminho a percorrer.

“Em nosso país, os empreendedores, mesmo que invistam por terem detectado uma oportunidade de negócio, ainda ofertam serviços pouco inovadores. Apesar de a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhecer e disseminar a busca de oportunidades, a iniciativa e a persistência como características do comportamento empreendedor, elas não são suficientes para assegurar negócios inovadores, duradouros, com alto nível de qualidade e que, de fato, consigam melhorar a qualidade de vida de quem os conduz, e da população como um todo. Mas como mudar esse cenário?” Ele mesmo responde: o primeiro passo é instaurar uma educação empreendedora desde o ensino fundamental até o ingresso no mercado profissional.

O presidente da ABQ, Pedro Luiz Costa Neto, explica que a preocupação com a qualidade, de obras de arte ou de produções artesanais, sempre existiu, desde tempos imemoriais. “A qualidade encarada como princípio ou ciência, entretanto, somente se desenvolveu após a Revolução Industrial e com o surgimento da produção em larga escala. Sua evolução passou pela inspeção em massa, controle da qualidade do produto, controle da qualidade do processo, garantia da qualidade, qualidade total, normalização da qualidade, prêmios da qualidade e qualidade como fator estratégico. A última e mais recente dessas etapas está relacionada com a conscientização crescente de que não existe administração organizacional sem a correspondente e adequada gestão da qualidade. Um primeiro argumento a favor dessa afirmação é o de que dois pilares básicos da competitividade, necessária para a sobrevivência das empresas no mundo globalizado, precisamente a qualidade e a produtividade”.

Já Luiz Carlos do Nascimento e José Joaquim do Amaral Ferreira irão manter um diálogo sobre a certificação e a nova ISO 9001. As mudanças irão afetar mais de 1 milhão de empresas em todo o mundo que já são certificadas pela norma em sua versão de 2008.

“A nova edição da ISO 9001 vem com uma série de mudanças que pretendem responder a alguns dos problemas que afligem seus usuários e, ao mesmo tempo, adequar-se às novas tendências e necessidades do mercado. A mudança mais evidente à primeira vista é a nova estrutura comum a todas as normas de gestão da ISO”, esclarece Nascimento.

“Às organizações certificadas segundo a atual ISO 9001:2008, será concedido um período de três anos após a publicação da nova versão 2015 para fazerem a transição. No início haverá um período de coexistência das duas versões e posteriormente, à medida que os contratos de certificação forem vencendo, só serão permitidas novas certificações pela nova edição. Após esse período, nenhuma certificação pela versão 2008 terá validade”, conclui José Joaquim.

O Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB) é uma das Entidades apoiadoras do Seminário.

Confira a programação completa do evento:

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Todas as organizações poderão organizar suas salas de recepção internas sem ônus para acompanhar o evento em grupos, em tempo real. Basta enviar um e-mail para dominio@dominioeventos.com.br, que enviará todas as informações necessárias para o acesso.

Sobre a Academia Brasileira da Qualidade (ABQ)

É uma organização não governamental e sem fins lucrativos, tendo como membros participantes pessoas experientes e de reconhecida competência profissional adquirida ao longo dos anos – nas universidades, nas empresas e em outras organizações privadas ou públicas – em atividades relacionadas à engenharia da qualidade, à gestão da qualidade e à excelência na gestão. A administração da ABQ é realizada por um colegiado eleito entre os membros, de acordo com seu Estatuto.

Serviço:

Para se inscrever gratuitamente, acesse aqui.
Dia: 12 de novembro de 2015 – Brasília, DF
Local: FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
Av. Paulista, 1313 – Bela Vista –  São Paulo, SP – Credenciamento: Andar Térreo  |  Auditório: Salão Nobre do 15º andar.

Aos participantes presenciais, será entregue Certificado de Participação no Seminário, ao término do mesmo.

Dúvidas ou esclarecimentos:
Flavia Mastrobuono – Organização
Domínio Realização de Eventos
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Fonte: Acadêmico Hayrton Rodrigues do Prado Filho

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