Alunos estudam efeitos do açúcar na saúde com didática inovadora

Lembra-se daquele alimento achocolatado que ganhou o mercado brasileiro no início da década de 70 com o slogan “Energia que dá gosto”? Pois a fonte daquela energia, o açúcar, “dá” também doenças como gota, hipertensão, diabetes e obesidade. Os efeitos na saúde humana deste tempero mágico e quase que onipresente na dieta das pessoas foram o objeto de estudo do segundo semestre de 2013 da turma de Biofísica e Bioquímica da Faculdade de Saúde (FT), da Universidade de Brasília (UnB).

 

Popularmente conhecida por “biobio” e conduzida pelo professor Marcelo Hermes Lima, a disciplina reúne estudantes de Nutrição e Medicina, em seu primeiro semestre de curso. Hermes organiza sua aula de forma inovadora e dinâmica. Cada aluno manteve um blog dedicado a uma enfermidade diretamente ligada ao consumo excessivo de açúcar. Essas publicações tinham como tutor um aluno de uma disciplina mais adiantada, que também desenvolveu, sob a orientação do professor, a prova do final de biobio, com 51 questões distribuídas em 20 páginas.

 

Rhenan Reis, quando estava no primeiro semestre de medicina, desenvolveu um blog sobre obesidade. Agora, aluno do segundo semestre, ajudou a elaborar a prova que foi aplicada à turma de biobio. O futuro médico aprovou a didática do professor Hermes. “Elaborar uma boa questão é mais difícil do que responde-la”, avaliou. Eduardo Prado, de Nutrição, concorda: “Para redigir uma questão é necessário fazer muita pesquisa”, frisou. A pesquisa sobre o açúcar também afetou a opinião do estudante. Para ele, os malefícios do produto demandariam uma ação radical. “Eu restringiria ao máximo a comercialização do açúcar”, sentenciou.

 

SAL DOCE – Na volta à Europa, os cruzados levavam um pouco do “sal doce” que encontravam em caravanas, na Terra Santa. Veneza, quando centro do poder financeiro mundial, foi o principal centro de distribuição e comércio de açúcar para a Europa.
Nenhuma outra indústria agrícola influenciou a história da humanidade como a produção e o comércio de açúcar. Seus registros mais remotos aconteceram na China, no ano 800 a.C. Foi a cana-de-açúcar que sustentou o Brasil Colônia, entre os séculos XVI e XVII, período em que o país era o seu maior produtor mundial. O ciclo da cana no Brasil só veio a perder força diante da descoberta de ouro nas Minas Gerais. No mundo moderno, o açúcar influenciou o colonialismo, a escravidão, migrações domésticas e internacionais e guerras.

 

Fonte: UnB Agência

 

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