AVALIAÇÃO QUADRIENAL: Quinta semana de avaliação abrange nove áreas e 728 programas

304 consultores analisarão PPGs das três áreas de Ciências Biológicas e das quatro de Engenharias, além de Administração Pública e de Empresas, Contabilidade e turismo e de Matemática/Probalidade e Estatística

As comissões de nove áreas de avaliação estão na CAPES/MEC para a quinta semana de atividades da Avaliação Quadrienal 2021-2024. Trezentos e quatro consultores analisarão 728 programas de pós-graduação stricto sensu em Administração Pública e de Empresas, Contabilidade e Turismo (mestrados profissionais), Ciências Biológicas I a III, Engenharias I a IV e Matemática/Probabilidade e Estatística.

Na recepção aos consultores, na sede da CAPES/MEC, em Brasília, na segunda-feira, 1º de setembro, a presidente da Coordenação, Denise Pires de Carvalho disse que “avaliar é um processo muito difícil, mas fundamental”. Para a gestora, “se a pós-graduação brasileira chegou até aqui, com aumento da internacionalização e da produção científica nacional, é pelo trabalho da comunidade acadêmica”.

Os consultores presentes nesta semana se somam aos 880 que passaram pela CAPES/MEC nas anteriores. O trabalho se aproxima da metade: as comissões de 24 das 50 áreas de avaliação se debruçaram, até o momento, sobre 2.147 de um total de 4.585 programas de pós-graduação stricto sensu previstos para este ciclo avaliativo. As atividades seguem até o dia 26 de setembro.

Esses números, observou o diretor de Avaliação da CAPES/MEC, Antonio Gomes de Souza Filho, são consequência de ações contínuas de quase 50 anos de avaliação. “Quando o SNPG foi institucionalizado da forma que conhecemos, em 1965, havia 150 programas de pós-graduação concentrados em um estado e em uma ou outra capital. Hoje são cerca de 5 mil programas em 350 municípios”, comparou.

Pela CAPES/MEC, também participaram da recepção aos consultores o diretor de Programas e Bolsas no País, Luiz Pessan, além das coordenadoras-gerais da Diretoria de Avaliação (DAV), Maria de Lourdes Fernandes Neto (Normatização, Informações e Estudos sobre a Avaliação), Priscila Albertasse Dutra da Silva (Avaliação, Acompanhamento e Monitoramento da Pós-Graduação) e Talita Moreira de Oliveira (Processos de Suporte à Avaliação).

Pesquisadora vinculada aos Programas de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Polímeros e em Engenharia Metalúrgica de Materiais, ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Elizabete Fernandes Lucas é uma das consultoras da área de Engenharias II. A cientista exalta o fato de a comunidade acadêmica atuar na avaliação. “Os pares vivenciam o dia a dia da pós-graduação. Encontram as dificuldades e as facilidades, visualiza os problemas e as oportunidades. E é preciso conhecer para avaliar”, afirma.

Já Claudio Salgado, pesquisador vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular da Universidade Federal do Pará (UFPA) e consultor da área de Ciências Biológicas II, observou que “os critérios [da avaliação] foram criados por comitês formados pelos próprios professores da pós-graduação”. Para o educador, esse fato formou uma “rede de avaliação que ajuda a manter a pós-graduação no nível que tem hoje” e que auxilia na “diminuição de iniquidades que ainda existem no Brasil”.

Segundo o calendário das atividades de avaliação em 2025, o trabalho dos consultores organizados em comissões de áreas de avaliação a etapa perdurará até 26 de setembro. Ainda para este ano, estão previstas as atividades de relatoria, de 20 de outubro a 7 de novembro, e a deliberação do Conselho Técnico-Científico da Educação Superior (CTC-ES), de 10 de novembro a 5 de dezembro.

A avaliação seguirá pelo primeiro semestre de 2026. A divulgação dos resultados parciais está prevista para 12 de janeiro, seguida do período para pedidos de reconsideração (13 de janeiro a 11 de fevereiro). Em março e abril, essas solicitações serão apreciadas pelas coordenações das áreas. E o CTC-ES se reunirá entre 4 e 8 de maio para deliberar sobre os pedidos de reconsideração, seguida da divulgação dos resultados finais, no dia 29 de maio.

Os resultados serão, então, encaminhados ao Conselho Nacional de Educação (CNE), que emitirá parecer a ser homologado pelo Ministério da Educação (MEC), ao qual tanto o CNE quanto a CAPES/MEC são vinculados.

Fonte: CGCOM/CAPES