Reuniões com parceiros da região serão feitas de forma bilateral. Segundo o ministro Abraham Weintraub, Argentina e Paraguai foram notificados após reunião de ministros da Educação na manhã de sexta; Uruguai não esteve presente.
O Brasil deixará de integrar o grupo de trabalho que discute educação no Mercosul. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a decisão começa a valer na sexta-feira (29) e o país passará a realizar reuniões bilaterais para tratar do tema com Argentina, Paraguai e Uruguai.
“Não há resultados concretos para mostrar”, disse o ministro da Educação Abraham Weintraub. “Depois de 28 anos que o Brasil está participando na área educacional do Mercosul, a decisão do governo é começar a discutir apenas relacionamentos bilaterais.”
De acordo com o ministro, representantes dos países que integram o mercado comum foram notificados da decisão na manhã de sexta após a Reunião de Ministros da Educação, sediada no Brasil. Weintraub destacou que somente os ministros do Brasil e Paraguai estiveram presentes, ao todo são cinco os estados partes do mercado comum.
O encontro de ministros da Educação está previsto desde a fundação do Mercosul, em 1991, e tem a função de propor ao conselho do bloco, medidas que visam coordenar políticas educacionais dos estados membro.
Custos
Questionado sobre os valores que serão economizados com o fim dessas reuniões, o ministro disse que o ministério “está levantando”.
Weintraub argumentou, ainda, que as reuniões bilaterais têm custos, mas “têm começo, meio e fim e um objetivo claro”. A saída do Brasil do setor educacional do Mercosul, porém, não significa a saída do país do bloco como um todo.
Recursos para energia solar
O ministro da Educação convocou coletiva de imprensa nesta sexta-feira para anunciar a liberação de R$ 125 milhões para as universidades federais gastarem, necessariamente, com energia solar e em conclusão de obras.
Segundo o ministro, o dinheiro virá da Secretaria de Educação Superior (Sesu). “Estamos remanejando, estamos mexendo, buscando eficiência”, afirmou.
As universidades precisarão gastar, pelo menos, 65% dos valores em placas fotovoltaicas. O restante poderá ser usado para a conclusão de obras paradas ou em andamento.
Grande parte das instituições receberá entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões, mas os critérios de distribuição variam de acordo com o menor custo por aluno e critérios de desempenho – portanto, algumas podem receber mais, outras menos.
A estimativa do MEC é que, em quatro anos, haja uma economia nas contas de energia elétrica de R$ 25,5 milhões ao ano – uma média de R$ 405 mil por universidade.
Fonte: Portal G1