São 1.790 para Educação Especial Inclusiva e 590 para Educação Bilíngue de Surdos; números foram ressaltados em reunião na CAPES com a Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência
Quase um terço das vagas do Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica (Parfor Equidade) são para áreas que tratam de pessoas com deficiência: 2.380 de um total de 7.642. Dessas mais de duas mil, 1.790 são para formar pessoal para lecionar Educação Especial Inclusiva e 590 para Educação Bilíngue para Surdos.
Os dados foram ressaltados em reunião entre a CAPES e a Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (SNDPD/MDHC) realizada na terça-feira, 7 de maio, na sede da Fundação, em Brasília. O encontro, que discutiu a política Viver sem Limites, faz parte de uma agenda da SNDPD na construção de ações voltadas a pessoas com deficiência nas diferentes pastas do governo federal.
Denise Pires de Carvalho, presidente da CAPES, destacou o aumento no número de vagas para formação de professores que deverão tratar de pessoas com deficiência. “A CAPES mantém há anos o Parfor (Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica) e nele há vagas para esse público. O Parfor Equidade, ao colocar especificamente essas modalidades em destaque, multiplicou as chances”, afirmou.
Outra novidade do Parfor Equidade ressaltada pela presidente da CAPES é a possibilidade de mais gente poder participar. No Parfor tradicional, as oportunidades são voltadas exclusivamente para professores que dão aulas de determinadas disciplinas, mas não têm formação na área. Funciona, portanto, como uma primeira ou segunda licenciatura. Já o que trata de equidade abre o leque para estudantes que ainda não são educadores.
Antônio José Ferreira, diretor de Relações Institucionais da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, observou que o governo federal investe R$6,5 bilhões em políticas para pessoas com deficiência; este valor está distribuído em vários ministérios. “Só na Educação são cerca de R$2 bilhões, em diversas secretarias do Ministério da Educação, na CAPES e no FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Temos visto em que ponto estão essas ações e conversado sobre possíveis novas parcerias”, explicou.
Imagem: Equipes da CAPES e da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência (William Santos – CGCOM/CAPES)
Sobre o Programa
O Parfor Equidade é uma ação da CAPES em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (Secadi/MEC). Os cursos são oferecidos pelas instituições de ensino superior federais ou comunitárias, com Índice Geral de Cursos igual ou superior a 3, e as estaduais e municipais como autorização para funcionamento. Todas devem ter experiência na área.
Fonte: CGCOM/CAPES