Inteligência Artificial aplicada em Logística e Supply Chain foram os temas de destaque na última sexta-feira (1), no Campus FEI São Bernardo do Campo. O evento, organizado em parceria com o Grupo Casas Bahia, reuniu mais de 70 pessoas, entre executivos da empresa e do setor, professores e estudantes para diálogos sobre as tecnologias e ferramentas que têm impactado o mercado atual.
A abertura da agenda foi conduzida pelo Prof. Dr. Mauro Sampaio, do curso de Engenharia de Produção da FEI, e por Fernando Gasparini, Diretor de Supply Chain do Grupo Casas Bahia. A programação contou, ainda, com participações e palestras do Prof. Dr. Reinaldo Bianchi, do curso de Engenharia Elétrica, falando sobre os conceitos fundamentais da Inteligência Artificial e suas aplicações; do Prof. Dr. Marcelo Fugihara, do curso de Engenharia de Produção, destacando conceitos de Machine Learning e suas aplicações em logística; e, por fim, a agenda foi encerrada com a apresentação do Prof. Dr. Paulo Sérgio Rodrigues, do curso de Ciência da Computação, que conduziu uma apresentação sobre Tecnologias Imersivas.
Além dos docentes, a programação também destacou apresentações dos executivos Marco Beczhowski, da empresa Manhattan; e de Tabatha Larissa, que conduziu uma apresentação sobre ferramentas e aplicações da Inteligência Artificial no Grupo Casas Bahia.
Em entrevista, Fernando Gasparini, Diretor de Supply Chain do Grupo Casas Bahia, falou sobre o sentimento de nostalgia por estar de volta à FEI. O executivo se formou em 1993 no curso de Engenharia Mecânica da instituição. E somando os 30 anos de carreira, destacou dicas valiosas para os estudantes da atual geração. “Sozinho você não vai fazer nada. Compartilhe suas ideias com as pessoas que você confia para captar outras percepções e caminhos para executar. Quando lembramos dos grandes lançamentos de plataformas, como Uber, Airbnb, Waze, Instagram, por exemplo, essas ideias não foram executadas por uma única pessoa. Não nasceram de uma única pessoa. Vem de um grupo de amigos, em sua maioria, que discutiram sobre um problema e geraram uma solução. O que eu deixo como mensagem para essa geração é que o individualismo não nos leva a lugar nenhum”, explicou.
Além do compartilhamento de ideias, Gasparini também destacou a importância do networking para qualquer formação e afirmou que se aplica para várias questões – seja para crescer dentro de uma empresa, para conquistar oportunidades melhores ou para ampliar os conhecimentos. Essa mesma visão também é partilhada por Júlia Pelegrini Pereira, formada em Engenharia de Produção pela FEI e que também esteve presente no evento. Contratada pela Via Varejo, a FEIana contou que o seu contato com os professores da instituição foi essencial para a conquista de uma oportunidade no mercado de trabalho. Comecei a trabalhar na Via Varejo por meio de uma parceria entre a FEI e o grupo. Pude atuar diretamente em um projeto, que serviu como solução para um dos problemas da empresa e isso contribuiu muito para a minha contratação. A FEI me trouxe não só o suporte acadêmico, mas também serviu como uma ponte para o meu ingresso no mercado de trabalho”, afirmou.
Caso semelhante também ocorreu com Lucas Cedroni, também formado em Engenharia de Produção pela FEI, desde 2019. Mas além da proximidade da instituição com as empresas, o FEIano também destacou a importância de ter participado de projetos de extensão. “Na FEI pude me desenvolver muito durante a iniciação científica, tendo alguns projetos aplicados na prática pelas empresas. Foi o que mais me marcou na minha graduação. Para aqueles que estão ingressando na FEI agora, o que deixo como mensagem é que aproveitem muito as oportunidades com os projetos de iniciação e projetos acadêmicos, porque isso fez uma diferença enorme nas minhas contratações no mercado”, ressaltou.
Tendências do Digital Supply Chain
Para o Professor Mauro Sampaio, do curso de Engenharia Produção, a proximidade da instituição com empresas como o Grupo Casas Bahia é essencial para que os setores possam conhecer as soluções que os estudantes já desenvolvem na instituição e, ao mesmo tempo, é também uma forma de se ter uma visão mais ampliada para as direções em que o mercado está caminhando e suas tendências. “Vejo que as empresas ainda estão atuando e direcionando essas tecnologias, (como a Inteligência Artificial) para aplicações em áreas específicas, quando, na verdade, essas ferramentas podem ser aplicadas de modo integral, em todas as linhas, independentemente do segmento ou atuação. Para os profissionais que já estão no mercado e para os que estão se preparando agora, o que destaco como tendência no Supply Chain, é o Digital Twin – que consideramos um gêmeo digital de operação -, a Inteligência Artificial, que nos auxilia com o processamento de dados para as tomadas de decisão, além do Costume Experience – também considerado um pilar essencial para o setor”.
Fonte: Notícia FEI