Fies pode ser a saída para concretizar o sonho de estudar

Ingressar no ensino superior é o sonho de milhares de jovens estudantes e o planejamento para realizá-lo, quase sempre, acontece durante o ensino médio. Não raro, alguns têm na mira um curso e a universidade onde desejam estudar. A ausência de um suporte financeiro pode retardar a caminhada, mas o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) tem feito a diferença nesses casos.

Pedro Henrique Freitas de Morais, 28 anos, realizou o desejo de cursar direito graças ao Fies. Formado na Universidade Paulista (UNIP), em Brasília, o bacharel conheceu o financiamento através de propagandas de televisão e da namorada. Quando iniciou o curso, a renda não dava para custeá-lo. Segundo Pedro, o suporte dado pela faculdade na hora de obter o financiamento foi determinante para uma graduação tranquila.

“Venho de uma família humilde e sempre tive o sonho de cursar direito. Meu curso foi financiado pelo Fies e quando decidi correr atrás da documentação tive total apoio da minha família e consegui o financiamento de uma forma muito rápida e tranquila”, explicou. Atualmente, ele trabalha em uma associação beneficente e cuida da parte administrativa da instituição. Por enquanto, Pedro ainda não começou a pagar o empréstimo.

“Ainda pago a amortização dos juros, mas como já conclui o curso tenho que me deslocar até a agência da Caixa Econômica Federal para realizar o encerramento do meu contrato. Depois do período de carência começarei a pagar o financiamento”, esclareceu. “A grande mudança foi a possibilidade de me graduar e chegar ao mercado de trabalho, o que se tornaria mais difícil sem o financiamento. O Fies permitiu que realizasse meu sonho”, reconheceu.

Oportunidade – A estudante Melissa Thayná Silva Farias, que faz o nono semestre do curso de psicologia, é um bom exemplo de como utilizar um recurso social, como o financiamento estudantil do Governo Federal.Desde o ensino médio, conta, ela estava certa da graduação que gostaria de cursar, bem como a instituição de ensino superior, o Centro de Ensino Unificado de Brasília (UniCEUB). A falta de condições financeiras da família para bancar todo o período de curso, porém, quase interrompe o sonho.

“Acabei o ensino médio em 2013 e tinha vontade de estudar no UniCEUB, onde minha mãe e irmã se formaram. Estudei no colégio do Ceub e conhecia a estrutura, então queria cursar a mesma faculdade. Prestei vestibular na Universidade de Brasília (UnB), mas a vontade era o UniCEUB”, recorda. Segundo Melissa, hoje com 21 anos, a intenção não era passar dois anos estudando em um cursinho na tentativa de ser aprovada numa universidade federal.

“Queria começar logo e é provável que, pela concorrência elevada na universidade federal, optasse por um curso com menor nota de corte ou concorrência reduzida”, explica. Por ter formação primária em escola particular, ela não tinha direito a pleitear uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni). Como nem ela nem os pais tinham condições de pagar a graduação, Melissa recorreu ao Fies, como única alternativa.

“Quando acabei o ensino médio vi que o Fies era a opção mais viável. Não sabia como funcionava, mas descobri o que precisava para tentar obter o financiamento e não tive dificuldade com a documentação exigida”, lembra ela. “O Fies me proporcionou estar na área profissional que eu sempre sonhei. Quitar o financiamento não será um peso, mas ter como pagá-lo, atuando no mercado de trabalho após me formar onde quis, é o que conta.”

Ana Caroline Rodrigues dos Santos, 22 anos, também é uma aluna do curso superior de psicologia que enxergou no Fies a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho com a profissão que sonhou. Ela conheceu o financiamento por meio das propagandas na televisão e pesquisas. Seus pais, assim como os de Melissa, não tinham recursos pagar uma faculdade particular.

“Meu objetivo era iniciar a faculdade logo e não consegui passar na UnB para psicologia. Fui contemplada com uma bolsa do ProUni, mas para um curso que eu não sonhava, então optei pelo Fies”, afirma. Ana Caroline conta que não teve nenhuma dificuldade para ser contemplada e financiou o curso em 100%, mesmo percentual obtido por Melissa. Atualmente, ela paga uma taxa fixa de R$ 50, de três em três meses.

As duas jovens estudantes universitárias entendem a importância e necessidade de estudar com o apoio do Fies. Para ambas, saber que ao se formarem poderão arcar com parcelas dentro do orçamento é uma vitória, além de um estímulo para ambições maiores nas futuras carreiras profissionais.

“O Fies me proporcionou estudar o que eu sempre sonhava, dando a chance de pagar parcelas que tenho condições de financiar e um prazo até o início do pagamento, sem depender dos meus pais”, destacou Ana Caroline. “A graduação por meio do Fies está sendo o primeiro passo, pois a caminhada acadêmica é contínua. O pagamento do empréstimo não me preocupa, estou segura de que faço uma boa faculdade graças ao Fies, então acredito que não terei dificuldades”, completou Melissa.

Modalidades – O Novo Fies, sancionado em 7 de dezembro de 2017 pelo presidente da República, Michel Temer, é uma política pública sustentável, com foco em preservar o equilíbrio financeiro. Consiste em um modelo de financiamento estudantil moderno, que divide o programa em diferentes modalidades, oferecendo condições a quem mais precisa e uma escala de financiamentos que varia conforme a renda familiar do candidato.

Do total de vagas, 100 mil têm juro zero, correspondem ao financiamento ofertado diretamente pelo governo para o estudante e são reservadas a candidatos com renda familiar per capita mensal de até três salários mínimos. Essa modalidade tem o Fundo Garantidor composto de recursos da União e aportes das instituições de ensino. Por esse sistema, o aluno paga as prestações respeitando a sua capacidade de renda, o que faz os encargos diminuírem consideravelmente.

As outras duas modalidades, chamadas de P-Fies, destinam-se a estudantes com renda familiar de até cinco salários mínimos. Para atender a essa parcela de candidatos, o Novo Fies tem recursos dos Fundos Constitucionais e de Desenvolvimento. O Fies 2, por exemplo, oferta 150 mil vagas e contempla estudantes do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, tendo como fonte de financiamento recursos de fundos constitucionais dessas regiões.

Dentro do Fies 3, são oferecidas 60 mil vagas para todo o Brasil, sendo os recursos oriundos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em ambos os casos, a taxa de juros vai variar de acordo com a instituição financeira na qual foi fechado o financiamento.

Segundo semestre – Os candidatos ao Novo Fies para o segundo semestre de 2018 podem fazer suas inscrições, exclusivamente pela internet, a partir de julho. Para este ano, foram ofertadas 310 mil vagas, sendo 155 mil referentes aos últimos seis meses do ano. Pelas novas regras do financiamento, haverá maior cobrança de qualidade dos cursos financiados e será permitida maior flexibilização no prazo de carência. As mudanças visam à sustentabilidade do programa em médio e longo prazos.

O antigo modelo do fundo vinha gerando aumentos consecutivos no percentual de inadimplência registrado pelo programa, que chegou a atingir 50,1%. Em 2016, o ônus fiscal do Fies foi de R$ 32 bilhões, valor 15 vezes superior ao custo apresentado em 2011. Tais números, juntamente com um fundo garantidor insuficiente, colocavam em risco a existência do programa e a manutenção do ritmo de cessão de bolsas.

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Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MEC

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