As pesquisadoras do departamento de Imunologia, da Fiocruz Pernambuco, Haiana Schindler e Lílian Montenegro, estão em Mumbai (Índia), para realização de diversas atividades científicas envolvendo transferência de tecnologia, previstas no projeto BRICS -Tuberculose, no qual elas são respectivamente, coordenadora e vice coordenadora. O convite partiu do cientista indiano Vinay Saini, diretor da Fundação TUMAAS & Startup e pesquisador sênior do Laboratório Nanobios, ambos sediados em Mumbai. Saini é também um dos pesquisadores-colaboradores do citado departamento de Imunologia.
Durante a visita, as cientistas deverão realizar reuniões para adequação de exames diagnósticos e elaboração do protótipo do teste de urina para detecção de casos de tuberculose. Essas ações fazem parte do Estudo de avaliação de testes clínico-laboratoriais diagnósticos rápidos de uso e acessível em regiões com altos índices de tuberculose no Brasil e Índia (Evaluation and clinical validation study of quick diagnostic tests point of care). O projeto foi um dos seis, em todo o Brasil, aprovados e financiados na Chamada do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para pesquisas em tuberculose no âmbito do BRICS.
Bastante entusiasmada com os primeiros resultados da pesquisa, Haiana explica que o teste para o diagnóstico da tuberculose está sendo desenvolvido na Índia para ser validado no Brasil. “É um teste rápido, fácil e só precisa da urina do paciente com suspeita de Tuberculose. Funciona da mesma maneira que um teste de gravidez, ou seja, em poucos minutos se obtém o resultado a olho nu”, comemora a cientista. Já na visita, o protótipo foi testado e comprovada a sua eficiência. Em contrapartida, cientistas brasileiros da Fiocruz Pernambuco e do Instituto Keizo Asami – UFPE estão desenvolvendo um biossensor para o diagnóstico da tuberculose que será validado na Índia e Brasil. Assim os dois testes serão comparados e testados. O desenvolvimento e oferta de testes como esse é muito importante para os países onde a Tuberculose é um grande problema de saúde pública, concluiu Haiana.
As pesquisadoras brasileiras ficam na Índia até o dia 15 de julho e seguem para a França para outra rodada de trabalho, agora com colaboradores daquele país.
Fonte: CNPq/IAM/Fiocruz Pernambuco