Nos dias 7 e 8 deste mês, foi realizado o 1º Encontro Nacional do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Graduação do ano de 2024, na sede do CRUB, em Brasília. O evento teve como objetivo debater assuntos que pautam o Ensino Superior Brasileiro, como aprendizagem híbrida, Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), entre outras temáticas.
Entre os temas abordados, destaca-se a ampla gama de desafios e reestruturações necessárias no Ensino a Distância (EaD), incluindo a formação de professores por essa modalidade.
Diante desse cenário, o Professor Ericson Falabretti, Pró-Reitor de Desenvolvimento Educacional da PUC do Paraná, enfatizou a importância de debater o crescimento “vertiginoso” do ensino à distância e a necessidade de mecanismos de acompanhamento e avaliação para garantir a qualidade da formação dos estudantes. Ele também ressaltou a urgência de repensar os marcos regulatórios e os processos de avaliação dos cursos EaD: “Tudo que foi pensado para o Ensino à Distância, foi pensado no momento que ele era um projeto, ele era pequeno, e hoje ele está atendendo a maior parte dos estudantes do ensino superior”, afirmou. “É urgente o ensino à distância ser pensado”.
Em continuidade, a Professora Cyntia Andretta, Pró-Reitora de Graduação da PUC Campinas, trouxe à tona a discussão sobre a diferenciação na forma de avaliação in loco, bem como aprimoramentos propostos pelo INEP, especialmente em relação ao ENADE: “Dentre as diversas pautas, também foi conversado sobre uma diferenciação que o INEP está fazendo na forma de avaliação in loco, da avaliação do ENADE, e em especial das licenciaturas que vão ocorrer este ano”. A partir de 2024, os cursos de licenciatura serão avaliados anualmente, conforme divulgado pelo MEC em outubro de 2023.
Além disso, a Professora Fernanda Abreu, Pró-Reitora de Ensino e Graduação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), salientou a relevância do diálogo entre diferentes instituições de ensino superior para fortalecer as pautas comuns e contribuir para o aprimoramento do Ensino e da Aprendizagem na graduação em todo o país. “A presença de universidades comunitárias, particulares, federais, estaduais, municipais e IFs neste diálogo é fundamental para fortalecer nossas pautas, identificar pontos em comum, reconhecer nossas diversidades e determinar contribuições eficazes para o aprimoramento do Ensino e da Aprendizagem na graduação em todo o Brasil”, disse. Ao discorrer sobre as temáticas abordadas no evento, enfatizou a importância de partir de questões amplas até chegar às mais específicas, todas cruciais para o contexto do Ensino Superior.
A Professora Alexandra Geraldini, Pró-Reitora de Graduação da PUC-SP, destacou o apoio oferecido pelo CRUB no fortalecimento do ForGRAD, e a agenda de trabalho elaborada para o ano, que contempla pautas relevantes para a graduação em todo o país. “É a primeira vez que eu tive a oportunidade de vivenciar, de ouvir as perspectivas que o CRUB abre para nós e apoio que está dando no momento em que o ForGRAD vem se fortalecendo”, afirmou. Ela enfatiza a necessidade de discutir as fragilidades do ensino, especialmente em relação à formação de professores para o ensino superior e básico: “Foi um tema que teve um debate bastante acalorado. É fundamental tratá-lo também no ensino superior. Nem todos os docentes passam por uma formação para a docência e eles se ressentem disso. Não só eles, mas os estudantes também”.
A Professora Emanuelle Camila Moraes de Melo Albuquerque, Pró-Reitora de Ensino e Graduação na Universidade Federal do Agreste de Pernambuco e atualmente Coordenadora da regional nordeste do ForGRAD, ressaltou a importância do Fórum como um espaço para fortalecer toda a rede de ensino superior no Brasil. Ela destacou que no ForGRAD é possível reunir representantes de diversas instituições de ensino, o que proporciona a oportunidade de discutir temas comuns e acessar órgãos importantes como o MEC, INEP, SESU e SERES.
Por fim, a Professora Emanuelle relembrou a crise nos cursos de licenciatura, evidenciada pela baixa procura e pela alta taxa de evasão dos estudantes. “A crise nas licenciaturas é significativa, evidenciada pela baixa procura e alta taxa de evasão dos estudantes. Além disso, há uma preocupação substancial com a qualidade da formação, pois são esses alunos que irão atuar nas salas de aula e influenciar o ciclo formativo”, afirmou.
Além do Encontro Nacional realizado nos dias 7 e 8 de maio em Brasília, o ForGRAD promoverá uma série de encontros regionais e nacionais ao longo deste ano. Os encontros regionais terão início em 5 de julho, em Itajaí – SC, seguido por Viçosa – MG nos dias 11 e 12 de setembro, Fortaleza – CE de 18 a 20 de setembro, Brasília – DF nos dias 1 e 2 de outubro, e Santarém – PA nos dias 15 e 16 de outubro. Quanto aos encontros nacionais, está previsto em Brasília nos dias 6 e 7 de agosto para a diretoria do ForGRAD, enquanto o próximo Encontro Nacional ocorrerá na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) em Natal, no dia 1° de novembro.
