O Grupo de Estudos Feminismos Negros da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) criou questionário para mapeamento que servirá de base para um catálogo de pesquisadores negros, negras e indígenas que atuam no campo das Ciências Sociais Brasileiras. O trabalho é um desdobramento das atividades do grupo, até então realizadas, com o objetivo de intensificar diálogos com pesquisadores de outras instituições.
Nesse primeiro momento, a pesquisa delimita o recorte de titulação mínima de mestre com, ao menos em uma das etapas da formação acadêmica – graduação, mestrado ou doutorado – em Antropologia, Arqueologia, Ciência Política, Ciências Sociais, Relações Internacionais e Sociologia.
A pesquisadora Stephanie Lima, bolsista de doutorado do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e uma das integrantes do grupo, explica que a ideia do catálogo surgiu com o objetivo de criar um local de busca para jovens pesquisadores terem conhecimento sobre as pesquisas em desenvolvimento por parte de pesquisadores negras, negros e indígena. ” Infelizmente, esse grupo ainda representa uma parcela muito pequena no total de pesquisadores do país”, lamentou.
Os dados obtidos pelo questionário buscam gerar informações ainda inexistentes, mas fundamentais para adensar às reflexões a respeito da visibilização de produções intelectuais de pesquisadores e cientistas negras, negros e indígenas no país atualmente.
O grupo da UNICAMP foi criado em agosto de 2016 por uma demanda dos alunos da pós-graduação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp por um espaço de debates de intelectuais negras. ¿Durante essa primeira experiência organizamos uma emenda com textos e debatíamos semanalmente textos selecionados por nós, com alunos da pós e da graduação¿, lembra Stephanie.
“Por sermos apenas 3 pessoas na organização, resolvemos limitar, inicialmente, para Ciências Sociais. Contudo, o interesse do catálogo é chegarmos a um grande número de cadastros e, assim, podermos entrar com um pedido de financiamento para criarmos um tipo de plataforma online, onde possa reunir pesquisadores negros, negras e indígenas de todas as áreas”, completou a pesquisadora.
Fonte: Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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