Reunião técnica sobre o Programa Leitura e Escrita na Educação Infantil abordou planejamento e acompanhamento das ações formativas para 2024, que vão envolver quase 300 mil docentes
O Ministério da Educação (MEC) promoveu, nos dias 21 e 22 de fevereiro de 2024, a Reunião Técnica sobre o Programa Leitura e Escrita na Educação Infantil (LEEI). O momento foi dedicado para planejamento e acompanhamento das ações formativas voltadas para docentes no âmbito da educação infantil. Em 2024, as formações continuadas do LEEI contarão com aproximadamente 295 mil professores que atuam na etapa. O programa é vinculado ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. Participaram as coordenações de todas as regiões do Brasil.
Katia Schweickardt, secretária de Educação Básica (SEB) do MEC, destacou que a Pasta determinou a educação infantil como fundamental para o Compromisso. “Desde o início, a gente se comprometeu que a educação infantil ia ser parte fundamental de toda a perspectiva sistêmica que temos para a educação básica”, disse.
A secretária pontuou a importância de as formações serem voltadas a garantir espaços seguros e equitativos para os bebês e as crianças brasileiros. “A ação pedagógica na educação infantil precisa enxergar, nos contextos educativos, todas as crianças. Em alguns espaços, as crianças pretas são menos abraçadas, elogiadas e acarinhadas. Como vamos lidar com isso?”, argumentou. Para ela, o grande desafio e objetivo é qualificar os dados para que seja possível combater o racismo estrutural desde a primeira infância.
O MEC disponibilizou R$ 82 milhões para a ação, que conta com a articulação nacional de cinco universidades federais, uma para cada região, sendo elas: Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), para o Nordeste; Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para o Sudeste; Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), para o Centro-Oeste; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), para o Sul; e Universidade Federal do Amapá (Unifap), para o Norte. Ao todo são 34 universidades envolvidas nesse trabalho em parceria com redes e sistemas de ensino.
O diretor de Formação e Valorização dos Profissionais da Educação Básica, Lourival José Martins Filho, destacou que, entre os pontos fortes do programa, estão o desenvolvimento dos profissionais e a compreensão da linguagem escrita como um instrumento simbólico poderoso. “O LEEI parte da premissa que a educação infantil não tem como meta alfabetizar e nem é uma etapa preparatória para o ensino fundamental. A educação infantil, enquanto primeira etapa da educação básica, tem especificidades próprias com destaque para as interações e as brincadeiras, mas é fundamental, já nessa etapa, o reconhecimento da escrita como direito e a leitura enquanto prática humanizadora, por isso atividades e vivências brincantes com a cultura do escrito estão presentes na proposta”, destacou o professor.
Leitura e Escrita na Educação Infantil – O objetivo do LEEI é ofertar formação continuada a profissionais da educação infantil com foco na oralidade, leitura e escrita, de maneira a apoiar teórica e metodologicamente docentes para que desenvolvam práticas educativas capazes de ampliar as experiências das crianças com a linguagem escrita. Nesse sentido, o programa busca o respeito às especificidades da primeira infância e às noções de leitura e escrita como práticas sociais que integram o cotidiano e sustentam interações e brincadeiras nesse ciclo de vida.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da SEB
Fonte: MEC