MEC e MS promovem seminário sobre residência na área de saúde

OMinistério da Educação (MEC) e o Ministério da Saúde (MS) realizaram, nesta semana, nos dias 4 e 5 de setembro, em Brasília (DF), o Seminário Nacional de Residência em Área Profissional da Saúde. O evento, promovido pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS), em parceria com a Secretaria de Educação Superior (Sesu/MEC), procurou fomentar propostas visando ao fortalecimento dos programas de residências em saúde no país e à qualificação profissional em áreas prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS). 

Na abertura do evento, a diretora de Desenvolvimento da Educação em Saúde do MEC, Gisele Pires, representou a secretária de Educação Superior, Denise Carvalho. Ela destacou que o objetivo do seminário é retomar as discussões acerca dos cursos de pós-graduação lato sensu em Residência Multiprofissional em Saúde, além de levantar sugestões e esclarecer dúvidas dos participantes. “Uma pós-graduação padrão ouro, como a residência, precisa ser retomada e sistematicamente discutida para que possamos chegar à excelência acadêmica”, afirmou.   

A diretora destacou, ainda, a retomada dos trabalhos da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS), da qual é presidente desde março deste ano. “Estamos empenhando todos os esforços para retomar as discussões e, ao longo desses dois dias, vamos debater temas absolutamente fundamentais e relevantes, para que consigamos fazer com que a pós-graduação em Residência volte a ser protagonista e retorne ao lugar do qual ela nunca deveria ter saído”, observou. 

Já a coordenadora-geral das Residências em Saúde da Sesu, Patrícia Franco Marques, apresentou dados do MEC sobre as Residências em Saúde no Brasil, na mesa “Rumo a Uma Política Nacional de Residências em Saúde – Avanços e Desafios das Residências em Saúde”.  

“O MEC financia 4.330 bolsas do Programas de Residência Multiprofissional em Saúde em universidades federais, com investimento de aproximadamente R$ 258 milhões por ano. Os programas de Residência em Saúde são nas áreas de Biomedicina, Ciências Biológicas, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social, Terapia Ocupacional, Saúde Coletiva e Física Médica”, informou. 

A coordenadora-geral destacou, ainda, o curso gratuito de Formação de Preceptores para a Educação em Saúde (Forpres), realizado pelo MEC em parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O objetivo é desenvolver soluções educacionais para a promoção de programa de aperfeiçoamento destinado a preceptores em saúde que atuam na graduação, internato médico e residência em saúde, bem como profissionais em geral com interesse na temática do programa. “Foram 14 mil inscrições na primeira oferta e, em outubro, será lançada uma nova turma”, ressaltou. 

Programas – Principal financiador dos programas de residências no país, o MS é responsável, atualmente, pelo auxílio financeiro de mais de 25 mil residentes, com 52% do orçamento destinados aos programas de residência em área profissional da saúde e 40% relacionados aos programas de residência médica. 

O seminário reuniu cerca de 250 participantes, entre residentes, coordenadores, tutores, preceptores, supervisores e representantes da área, vindos de todo o Brasil. Além de subsidiar a construção da Política Nacional de Residências em Saúde, o evento procurou discutir o aperfeiçoamento de ações prioritárias, entre as quais o incentivo à formação de especialistas na modalidade de residências, em áreas e regiões prioritárias para o SUS (Pró-Residências). 

Também está na pauta a execução do Plano Nacional de Fortalecimento das Residências em Saúde, que contempla um conjunto de ações estratégicas destinadas à valorização e à qualificação de residentes, corpo docente-assistencial, gestores de programas de residência e ao apoio institucional para os programas de residência em saúde no Brasil. 

A formação de especialistas na modalidade de residências em saúde é agenda estratégica e essencial para a qualificação do cuidado e fortalecimento do SUS, contribuindo para uma prática profissional mais integrada, resolutiva, humanizada e ética. 

Posteriormente, serão organizados grupos de trabalho para discutir aspectos estruturantes da formação dos residentes. Os eixos temáticos contemplam gestão, planejamento e monitoramento; aspectos pedagógicos; avaliação das residências em saúde; qualificação e valorização de residentes, preceptores e tutores; e alinhamento das residências com as necessidades do SUS. As atividades realizadas nos grupos de trabalho serão divulgadas por meio de relatório técnico. 

 

Fonte: MEC