MEC e OCDE promovem troca de experiências educacionais

OMinistro de Estado da Educação, Camilo Santana, participou na quarta-feira, 3 de maio, de uma reunião com o diretor do Comitê de Políticas Educacionais e Competências (EDPC) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Andreas Schleicher. Foi uma oportunidade para troca de experiências e informações na área educacional.   

Durante o encontro, Camilo Santana explicitou as prioridades do Ministério da Educação (MEC) e destacou a importância de garantir a alfabetização na idade certa e a formação adequada dos professores; de fomentar a escola integral em toda rede pública e de prover conectividade de qualidade nas escolas.   

Na ocasião, também foram detalhados os estudos e o histórico de relacionamento do Ministério com a OCDE, que participa do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), desde o ano 2000, e da Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis), desde 2006.   

Já o diretor da OCDE apresentou os novos estudos da organização, que podem subsidiar ações na área educacional, em especial o que analisa as competências desenvolvidas em crianças na fase infantil. Ele também destacou o estudo que investiga a educação de jovens que evadiram do sistema escolar, a fim de analisar os motivos e descobrir o que o sistema poderia aperfeiçoar.   

Workshop – pela manhã, as equipes técnicas do MEC e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), e o diretor do Comitê da OCDE, Andreas Schleicher, participaram de um workshop para debater como pesquisas, estudos e informações estatísticas na área educacional podem subsidiar aperfeiçoamentos das políticas educacionais.  

No workshop, realizado no Inep, o diretor Andreas apresentou um panorama da educação na atualidade, com as tendências e o futuro da área. Para ele, é preciso desenvolver as competências do século 21, como empatia, pensamento crítico, habilidade de soluções de problemas, socioemocionais, colaborativas, criatividade.   

Dentro desse contexto, vários temas foram foco das discussões como a importância de apoiar o uso das redes sociais pelos jovens com um olhar crítico. Em alguns países, por exemplo, estão sendo realizados treinamentos nas escolas com o apoio de jornalistas, para desenvolver a capacidade de procurar fontes e averiguar veracidade das informações.   

Outro tema abordado foi a necessidade de desenvolver tecnologias inovadoras, a fim de incluir estudantes com necessidades especiais no âmbito de exames nacionais.   

Além disso, o grupo discutiu a imprescindibilidade de combinar teoria e prática no âmbito da educação profissional tecnológica e estratégias de recuperação de aprendizagem, considerando os gaps de conhecimento após a pandemia. O Brasil foi um dos países que ficou mais tempo com as escolas fechadas. Isso prejudicou o processo de ensino-aprendizagem em todo o sistema educativo.  

 

Fonte: MEC