Telefones podem ser usados para diagnosticar vírus

Bolsistas da CAPES participaram de estudo em Harvard. A tecnologia teve sucesso na detecção de SARS-CoV-2, HIV, Zika e hepatites

O uso de smartphones pode viabilizar testes mais baratos e rápidos que os RT-PCR, considerados padrão-ouro na detecção de vírus. A tecnologia viabilizou diagnósticos de SARS-CoV-2 (novo coronavírus), HIV, Zika e hepatites B e C em estudo da Harvard Medical School (EUA), com dois pesquisadores financiados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Todo o procedimento deve ser feito por um profissional da saúde, logo após a coleta do muco nasal. Uma pequena parte deste material é posta em um microchip, feito em uma máquina de corte a laser, de baixo custo. O equipamento, construído com elementos de biotecnologia e biologia sintética, reconhece o  vírus e emite um sinal que é captado pela câmera do celular. Um aplicativo, em desenvolvimento em Harvard, reconhece, a partir da  inteligência artificial, se a amostra é positiva ou negativa.

“A ideia é fornecer uma alternativa rápida ao teste laboratorial de referência, que é o RT-PCR nesse caso. O resultado variou entre 50 e 80 minutos para as infecções testadas nesses primeiros estudos. Como a única máquina envolvida é o celular, o custo diminui”, explica Luís Pacheco, professor do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019, financiado pela CAPES, ele participou do Programa CAPES-Harvard de Professor/Pesquisador Visitante Júnior.

Na pesquisa, Pacheco teve a companhia de Filipe Sampaio, doutorando na UFBA, que passou 12 meses nos Estados Unidos com bolsa do Programa Institucional de Internacionalização (PrINT) da CAPES. Sampaio é aluno de Pacheco.

Sobre os programas

Programa CAPES-Harvard de Professor/Pesquisador Visitante Júnior tem por objetivos incentivar o intercâmbio de conhecimento entre pesquisadores do Brasil e da Universidade de Harvard, além de contribuir para o estreitamento de laços e a realização de pesquisas conjuntas das instituições de ensino brasileiras e a norte-americana.

O Programa Institucional de Internacionalização (PrINT) tem como objetivo incentivar a internacionalização de instituições de ensino superior e institutos de pesquisa no Brasil como forma de incrementar o impacto da produção acadêmica e científica realizada no âmbito dos programas de pós-graduação.

(Brasília – Redação CCS/CAPES)

Foto: CAPES

Fonte: CAPES