Tire suas dúvidas sobre o novo edital do Mais Médicos com vagas no regime de cotas

Em live transmitida nesta quinta (4), secretário de Atenção Primária explicou como será a ajuda de custo para brasileiros formados no exterior

Nesta semana, o Ministério da Saúde divulgou um novo edital do Programa Mais Médicos, que chega com novidades. Serão ofertadas vagas no regime de cotas para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência. Mais de 10,6 milhões de brasileiros serão beneficiados.

Em live transmitida na quinta-feira (4), no Youtube do Ministério, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, respondeu, entre outras questões, como será a ajuda de custo para participação no Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) para brasileiros formados no exterior. “O médico recebe o equivalente a uma bolsa de formação do Mais Médicos. Com esse recurso, ele tem a possibilidade de custear tanto o deslocamento quanto a hospedagem e questões necessárias ao longo desse período de formação”, explicou.

Proenço reforçou, no entanto, que, antes de tudo, é necessário cumprir uma série de requisitos, como concluir a inscrição com todos os documentos e certificar-se de que ela foi finalizada. Além disso, segundo ele, é necessário estar atento ao processo de escolha e alocação dessas vagas.

O secretário também esclareceu o funcionamento das vagas financiadas pelo modelo de coparticipação. Ele explicou que boa parte das vagas são de financiamento exclusivo do Ministério da Saúde. Um percentual de 15% têm participação dos municípios, mas do ponto de vista do profissional médico não faz diferença no contexto do pagamento da bolsa.

Os espectadores da live também perguntaram sobre a forma de escolher o município para atuação. Proenço destacou que é importante que os médicos fiquem bem informados e que revisem o edital atentamente para entender quais são os critérios que levam à classificação quando há vários interessados em um mesmo município.

O Ministério da Saúde leva em conta questões como formação de especialista em Medicina de Família e Comunidade; participação em cursos da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UnaSUS); e experiência do ponto de vista do programa. A partir daí, há critérios de desempate: local de residência do médico, local de nascimento e idade.

A diretora substituta do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária à Saúde, Mariana Vilela, falou sobre a avaliação do participante que solicitar integras as cotas. “A gente está desenvolvendo uma licitação para contratar uma empresa que vai realizar a avaliação desses candidatos que se autodeclararem negros, indígenas, quilombolas ou pessoas com deficiência”, afirmou.  Segundo Mariana, as vagas não preenchidas por cotas serão disponibilizadas para ampla concorrência. 

Assista à transmissão:

Entenda o edital do Mais Médicos

Para os grupos étnico-raciais, serão ofertados 20% das vagas, priorizadas da seguinte forma:

  • para municípios que têm 2 vagas: 50%
  • para municípios que têm entre 3 a 10 vagas: 20%
  • para municípios que têm mais de 10 vagas: 20%

Podem participar da seleção profissionais brasileiros, brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde (RMS). Os médicos brasileiros formados no Brasil continuam a ter preferência na seleção.

Desde 2023, com a retomada do Mais Médicos, o governo federal implementou melhorias no modelo do programa, onde os profissionais contam com oportunidades de especialização e mestrado por meio da Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde, que integra os programas de formação, provimento e educação pelo trabalho no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)

Nathan Victor
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde