Unicamp alcança a marca de mil patentes

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulgou nesta quinta-feira (28) que alcançou a marca de mil patentes ativas junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) após o depósito de uma tecnologia que a partir de uma levedura modificada aumenta a produção de etanol.

A invenção foi desenvolvida pelo professor Gonçalo Amarante Guimarães Pereira, do Instituto de Biologia, e os alunos Leandro Vieira dos Santos e Renan Augusto Siqueira Pirolla e teve apoio da  Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Invenções

Desse número, segundo um levantamento da agência de inovação Inova Unicamp, que é o órgão responsável pela gestão da propriedade intelectual e da transferência de tecnologia dentro da universidade, 125 delas já estão licenciadas para uso no mercado.

O depósito de patentes começou em 1984, quando foram inseridos no INPI dez projetos da universidade.

De acordo com o diretor-executivo da Inova Unicamp, Milton Mori, a ideia de guardar as invenções surgiu depois da universidade perder algumas delas após visitas nos laboratórios.

“Alguns professores mostravam seus laboratórios nessa época (década de 80) para empresários, aí copiavam tudo, levavam pra casa e depois o produto estava no mercado. Aí a Unicamp não conseguia trazer de volta porque não estava protegido. Acordamos e fizemos uma comissão permanente de propriedade”, afirma.

Segundo Mori, já na metade da década de 90, o número de patentes teve um crescimento significativo. Saiu de uma média de 10 por ano e chegou a 27 em 1998 e continuou aumentando nos anos 2000.

Recorde

Em 2005 foram 67 e atingiu um recorde histórico em 2014 com 78 invenções registradas.

Um levantamento realizado pelo INPI em 2015 apontou que a Unicamp é a terceira maior patenteadora do país.

“A patente é uma promotora de desenvolvimento científico, tá ligada também com desenvolvimento econômico-social do país, mas enquanto não virar negócio é apenas número. O que nós estamos fazendo agora é licenciar essas patentes. Quando gera riqueza e emprego, aí é inovação”, afirma.

O diretor explica ainda que as invenções podem vir dos laboratórios da universidade ou de parcerias com empresas, por isso, agora o próximo passo é chegar mais perto dos empresários.

“Aumentar o número de licenciamentos e chegar perto das multinacionais, mostrar nosso portfólio de patentes, ver se interessam e fazer parcerias. Aí tem um contrato de negociação e vem royalties para a gente”, finaliza.

Fonte: Portal G1/Campinas e Região

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