USP – Conferência discute o presente e o futuro das Universidades

Modelos de governança, avaliação institucional e os desafios das Universidades para os próximos dez anos foram os temas dos debates da Conferência USP 2024, promovida no dia 8 de março, no Auditório da Biblioteca Brasiliana, na Cidade Universitária, em São Paulo.

A conferência reuniu reitores de cinco universidades de origens alemã, argentina, japonesa e francesa. Foto: Ernani Coimbra

A conferência reuniu reitores de cinco universidades de origens alemã, argentina, japonesa e francesa.
Foto: Ernani Coimbra

O evento contou com a participação de dirigentes, professores e servidores da Universidade e de outras Instituições, que lotaram a cerimônia.

Organizada pela USP e pelo jornal O Estado de S. Paulo, tendo à frente o reitor Marco Antonio Zago; os ex-reitores José Goldemberg e Jacques Marcovitch; o presidente da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani), Raul Machado Neto; e o diretor do Grupo Estado, Ricardo Gandour, a conferência teve como convidados cinco reitores de importantes universidades parceiras: Humboldt Universität zu Berlin, Université Sorbonne Paris Cité, University of Tsukuba, Université Jean Moulin Lyon 3 e Universidad de Buenos Aires.

A cerimônia teve início com a apresentação musical da Orquestra de Câmara Ensemble Nova, da Université de Lyon, regida pelo pianista Vincent Balse.

Em seguida, o reitor da USP, Marco Antonio Zago, fez seu pronunciamento de abertura enfatizando a missão das Universidades, principalmente nos países em desenvolvimento, onde “representam as forças de liderança para as mudanças sociais e econômicas”. “Por séculos, o ensino e a pesquisa têm sido os dois principais pilares da vida universitária. Essas missões são altamente valiosas através de diferentes culturas e países e, assim, as Universidades são instituições que transcendem as fronteiras. Universidades de relevância são intrinsecamente internacionais”, considerou.

O ex-primeiro-ministro da Espanha, Felipe González Márquez, novo titular da Cátedra José Bonifácio e convidado especial da conferência, fez uma breve saudação aos presentes. “Nossa sociedade, no século 21, é a sociedade do conhecimento, da informação. Isso significa que a variável estratégica mais importante para se ter êxito neste século, para se inserir no que chamamos de globalização, depende disso que dispomos por cima dos ombros, a variável estratégica depende do bom funcionamento da cabeça, do conhecimento. E estamos no templo da sabedoria, que é a Universidade”, ressaltou.
A Cátedra José Bonifácio é uma iniciativa do Centro Ibero-Americano (Ciba), núcleo ligado à Pró-Reitoria de Pesquisa e ao Instituto de Relações Internacionais (IRI) da USP.

O presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e reitor da USP no período de 1986 a 1990, José Goldemberg, destacou a importância do evento, que marcou o encerramento das comemorações dos 80 anos da Universidade. “Não devemos olhar apenas para o passado, mas devemos olhar para o futuro. Esta é uma grande ocasião para conhecermos o que as outras Universidades fazem de melhor e no que contribuem para o desenvolvimento de seus respectivos países”, assinalou.

O reitor da USP no período de 1997 a 2001, Jacques Marcovitch, elencou os principais desafios das Universidades para os próximos anos. “A academia está em permanente revolução. Líderes universitários, em nível global, são confrontados com transformações jamais vistas na longa história do ensino e da pesquisa. A demanda pelo engajamento social na educação superior, a revolução digital, o aumento da expectativa da vida e o aumento dos custos da investigação científica são fatores que impactam na geração do conhecimento, nos sistemas de governança e na estrutura institucional das Universidades”, afirmou.

Fonte: Sala de Imprensa – USP

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