Em reunião com representantes de diversas instituições da Amazônia Legal, a CAPES apresentou nesta segunda-feira, 16, em Brasília, as áreas prioritárias de investimento do programa voltado ao desenvolvimento da pós-graduação na região. A iniciativa foi lançada durante encontro realizado em novembro, em Manaus.
Serão investidos R$ 80 milhões nos próximos cinco anos para aumentar a fixação de pesquisadores, reduzir assimetrias e apoiar o desenvolvimento científico e tecnológico nos estados do Norte, além de Mato Grosso e Maranhão. “Precisamos apoiar e incentivar os programas para aumentar a procura pela pós-graduação na região”, disse Anderson Correia, presidente da CAPES.
As áreas prioritárias são biotecnologia, biodiversidade, conservação e recuperação ambiental, saúde pública, doenças tropicais, tecnologia para o trabalho em saúde, engenharias, tecnologia da informação, comunicação, clima, energia, recursos hídricos, produção animal e vegetal sustentáveis, diversidade sociocultural, sustentabilidade, atividades socioeconômicas e formação de professores da educação básica.
Após a publicação de edital de seleção, cada instituição participante terá que definir três áreas para apresentar propostas que contribuam de forma efetiva com a pós-graduação e a pesquisa, a formação e fixação de pessoal e a geração de inovações. Um desses projetos deve envolver parceria com outra instituição da região.
Também será priorizada a formação de doutores. “Queremos que contemplem o impacto econômico e social da região”, destaca Zena Martins, diretora de Programas e Bolsas (DPB) da CAPES.
As propostas apresentadas deverão estabelecer objetivos e metas a serem atingidos, incluindo ainda contrapartidas ao que for investido pela CAPES. “Nesse programa, cada instituição será parceira na construção do edital, pois esperamos que seja algo inovador para a Amazônia”, ressaltou Manoel Cardoso, assessor da DPB/CAPES.
Participaram na reunião de hoje dirigentes da CAPES e representantes das instituições de ensino superior, entidades ligadas à formação e fundações de amparo à pesquisa. “ É uma iniciativa que traça uma estratégia correta para darmos um salto de qualidade na produção científica na região”, avalia Márcio Silveira, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Tocantins. A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro, englobando parte do Maranhão e a totalidade de oito estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Fonte: CAPES