CNPq apoia construção de Veleiro para pesquisas marinhas

O Brasil possui a maior costa tipicamente tropical do planeta, com uma complexa rede de habitats. Apesar disso, apenas 0,4% de toda a área marinha brasileira está incluída em UCs de qualquer natureza. O esforço de alguns agentes do governo federal brasileiro tem procurado aumentar não só a área, mas a efetividade das UCs marinhas.

Uma iniciativa nesse sentido é incentivar a pesquisa científica nas áreas de proteção para melhor conhecer a biodiversidade das regiões e aprimorar as ações de preservação e convivência.

Nesse sentido, foi concebido o Veleiro ECO, uma embarcação de expedições e pesquisas oceanográficas construída pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), construída com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O veleiro tem como madrinha a Dra. Zelinda Margarida de Andrade Nery Leão, bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Além do CNPq, o projeto tem recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

O Veleiro ECO estará de portas abertas durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia SNCT com a temática: O Impacto do Lixo Marinho nos Oceanos. O evento ocorrerá por todo o Brasil de 23 a 29 de outubro de 2017.

O veleiro

A construção do Veleiro ECO começou em 2012, em projeto coordenado pelo professor da UFSC, Orestes Estevam Alarcon, e contou com nove bolsas do CNPq nas modalidades Iniciação Tecnológica Industrial (ITI) e de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (DTI). O objetivo de empreitada foi de aprimorar e expandir as pesquisas oceanográficas do país. Com 60 pés ¿ o equivalente a 20 metros de comprimento – e 5,3 metros de largura, o Veleiro é feito de alumínio naval, material mais econômico e mais fácil para manutenção.

Possui características de segurança e navegabilidade, permitindo expedições científicas de grande porte, incluindo as polares, particularmente a Antártica. A quilha retrátil possibilita a navegação em águas rasas de mangues e estuários de rios, áreas pouco exploradas pelas ciências nacional e internacional. A embarcação possui laboratórios para realizar as primeiras análises dos materiais coletados.

A equipe do Veleiro e seus parceiros científicos irão desenvolver pesquisas em quatro unidades de conservação, todas de proteção integral, a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), a Reserva Biológica Marinha do Atol das Rocas (RN), o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PE) e o Parque Estadual Marinho da Laje de Santos (SP), com o objetivo de divulgar esses ambientes e conscientizar a população acerca da fragilidade e importância desses hábitats.

Fonte: Coordenação e Comunicação Social do CNPq

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