A recessão econômica que o Brasil tem enfrentado nos últimos anos atingiu inúmeras áreas, inclusive uma das que menos poderia sofrer com essa queda, que é a educação. A evasão de estudantes do ensino superior chegou a mais de cinquenta por cento, um número alarmante se pensarmos que para o País crescer, se desenvolver e produzir precisamos cada dia mais de mão de obra especializada.
Preocupados com esse cenário, reitores de universidades de todos os segmentos se reuniram no dia 07 de junho, no campus São Paulo, do Centro Universitário FEI para a 7ª edição do Fórum de Reitores do CRUB – Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras.
Sob a temática “Financiamento Público e Privado na Educação Superior”, o evento contou com palestrantes e debatedores das principais associações dos segmentos e autarquias da área da Educação Superior, além de representantes do legislativo e de instituições financeiras. Na pauta, sugestões e iniciativas de como financiar a educação pública e alternativas para o financiamento da educação privada, até as perspectivas para o cenário financeiro universitário pós-eleições 2018.
Destaque entre as discussões sobre o tema, o FIES – Programa de Financiamento Estudantil, do Ministério da Educação foi amplamente explorado entre os reitores e especialistas. Yves Dumaresq Sobral, coordenador geral de Concessão e Controle do Financiamento Estudantil do FNDE/MEC, foi convidado pelo Fórum do CRUB para falar sobre as novas diretrizes do FIES, recentemente reformulado. Segundo o coordenador, uma das mudanças realizadas no programa é o pagamento consignado, contingente a renda, em que, assim que o estudante se forma e começa a trabalhar, 10 a 20 por cento da renda do então profissional é direcionada para pagar o financiamento. “As dificuldades macroeconômicas do País nos levaram a revisar o modelo anterior e buscar alternativas para que o programa seja mantido”, destacou Yves.
Outro ponto em comum compartilhado pelos reitores é a importância de se buscar outras formas, além do FIES, para o financiamento estudantil. Luiz Pedro San Gil Jutuca, vice-presidente do CRUB e reitor da UNIRIO, destacou a importância de se quebrar paradigmas em relação às alternativas de financiamento estudantil, e alertou para a necessidade de se ter previsibilidade dos investimentos. Já o Prof. Dr. João Otávio Bastos Junqueira, presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (ABRUC), ressaltou a importância de se rever os modelos de ensino no País, pois, a diversificação das IES demanda modelos diferenciados; e a uniformidade também se torna motivo da alta taxa de evasão.
“O fato de reitores de universidades de diversos segmentos se reunirem para discutir alternativas para o financiamento estudantil, e, além disso, uma educação superior de qualidade é algo a celebrar e que precisa ser continuado”. Esse foi o posicionamento da vice-presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (ANUP), Profª. Elizabeth Guedes, que lamentou a falta de comprometimento do Estado com a educação, ressaltando que cada vez mais as instituições precisam se unir para cobrar do governo e, principalmente dos presidenciáveis, planejamento, compromisso e ações que levem o Brasil a ter uma educação de qualidade e para todos.
As conclusões das discussões entre os reitores e especialistas durante o Fórum resultarão em um documento que será elaborado e apresentado aos presidenciáveis, com objetivo de subsidiar propostas públicas para a educação no País.
O presidente do CRUB e reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Prof. Dr. Benedito Guimarães Aguiar, comemorou o resultado das discussões produzidas no Fórum, que, embora tenha tido um tema central, se desdobrou em outros temas importantes secundários que deverão ser explorados nos próximos encontros, como por exemplo, a preocupação com o ensino básico, formação de professores, entre tantos outros. “Foram muitos os assuntos discutidos neste dia, mas só conseguiremos avançar com a união de todos. Juntos nós podemos mais, pois todos nós buscamos um mesmo objetivo que é fotoproporcionar um ensino de qualidade e ao alcance de todos”.
O reitor do Centro Universitário FEI e vice-presidente do CRUB, Prof. Dr. Fábio do Prado, honrado em ser o anfitrião do evento, destacou que “a educação como bem público é de responsabilidade de todos. Juntos devemos cobrar das lideranças políticas um maior comprometimento com o financiamento e qualidade da educação superior, que contemple a importante participação do Tesouro Nacional e de outros fundos de crédito de entidades privadas. Não é uma tarefa fácil, mas temos que ter em vista que uma educação de qualidade é garantia de desenvolvimento, bons empregos e salários e, consequentemente, a garantia da adimplência e sustentabilidade do sistema”, concluiu.
Acesse as apresentações:
Mesa Redonda: “Como Financiar a educação pública e alternativas para o financiamento da educação privada”
– Prof. Silvio Iung – Presidente da ABIEE;
– Reitor João Otávio Bastos Junqueira – Presidente da ABRUC;
– Reitor Reinaldo Centoducatte – Representante da ANDIFES;
Esclarecimentos sobre o FIES
– Yves Dumaresq Sobral – Coordenador-Geral de Concessão e Controle do Financiamento Estudantil do FNDE;
Perspectivas para o cenário financeiro universitário pós-eleições 2018;
– Vinícius Botelho – Secretário de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social;
– Steven Assis – Diretor Geral do Santander Universidades;
FOTOS – Clique aqui e confira o álbum de fotos do evento.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Centro Universitário FEI – Fotos: Centro Universitário FEI
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