“Diz-se que a matemática é o terror dos estudantes. Isso precisa continuar assim? Acho que não. Então, o que é preciso fazer? O que é preciso é não deixar que o medo paralise o cérebro. Aprender matemática é aprender a pensar sozinho e com segurança”. É com estes questionamentos e com esta resposta que Manfredo Perdigão do Carmo escreveu a Carta ao estudante e procurou mostrar em suas palestras e em seu trabalho como pesquisador que a matemática nos fornece instrumentos importantes para entender o mundo em que vivemos e agir de forma consciente e crítica.
O pesquisador, falecido em 30 de abril deste ano, foi o responsável pela consolidação da Geometria Diferencial como área de pesquisa no Brasil. Graduado em Engenharia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), escolheu a matemática em 1957 quando participou do 1º Colóquio Brasileiro de Matemática (CBM). Em 1963, concluiu o doutorado em Matemática pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, sob a orientação de Shiing-Shen Chern, uma das maiores referências em Geometria Diferencial do mundo e com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Manfredo Perdigão do Carmo foi presidente da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Pesquisador Emérito do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), Coordenador da área de Matemática da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e bolsista de Produtividade em Pesquisa PQ 1A durante 30 anos e PQ-Sr do CNPq. É autor de livros usados nos cursos de geometria de diversas Instituições de Ensino Superior (IES) e publicados em diversos idiomas, dentre os quais se destaca o Geometria Diferencial de Curvas e Superfícies.
Fonte: Coordenação de Comunicação do CNPq
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