Prioridades são: valorização e formação de professores; engajamento comunitário nas escolas; e compartilhamento de plataformas digitais sobre educação para o desenvolvimento sustentável
O Coordenador do Grupo de Trabalho (GT) de Educação do G20 da Trilha de Sherpas e assessor especial para Assuntos Internacionais do Ministério da Educação (MEC), Francisco Figueiredo de Souza, apresentou nesta terça-feira, 6 de fevereiro, o balanço da primeira reunião do GT, que ocorreu por videoconferência nesta segunda e terça-feira, 5 e 6 de fevereiro.
A videoconferência foi aberta na segunda-feira pelo Ministro de Estado da Educação do Brasil, Camilo Santana, com um vídeo em que explicou as prioridades gerais brasileiras para o G20, bem como as iniciativas a serem trabalhadas no âmbito do GT, coordenado pelo MEC por intermédio da Assessoria Internacional.
Como prioridade dos trabalhos do GT, Francisco de Souza apontou três iniciativas: a valorização e formação dos professores por meio de medidas internacionais de qualificação; o compartilhamento, em plataformas internacionais de conteúdo pedagógico, de material sobre desenvolvimento sustentável; e o engajamento comunitário das escolas e da comunidade acadêmica.
“Todas as delegações dos países do G20 se pronunciaram e foi bastante construtiva a reunião. As nossas prioridades do Grupo de Trabalho da Educação foram decididas em conjunto, conversando com os demais países-membros, as organizações internacionais que estão nos apoiando e os interlocutores sociais no Brasil”, afirmou o coordenador.
Ele destacou que o Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, já havia ressaltado a importância da participação social e da valorização dos professores como eixos fundamentais e prioritários do GT. “Precisamos trazer o GT para o chão da escola, com engajamento comunitário, a participação de representantes, estudantes, professores e diretores. No próximo mês, haverá uma nova videoconferência específica para tratar desse engajamento”, informou.
No caso da valorização dos professores, Francisco de Souza ressaltou que o GT está analisando como ampliar a formação internacional docente e corrigir desigualdades de acesso. “Queremos dar oportunidades para que [os professores] saiam do País e tenham uma experiência internacional, como uma forma de valorizar os profissionais da educação, começando pelos professores”, apontou.
O coordenador ainda observou que muitos participantes do G20 da Educação atuam diretamente em programas de intercâmbio entre universidades. “A gente espera ampliar as oportunidades, diversificá-las e verificar se elas estão chegando de uma maneira equitativa, atenta, reconhecendo grupos que precisam de mais apoio, para que haja essa valorização dos profissionais”, disse.
Além disso, informou que o compartilhamento de material digital e pedagógico sobre desenvolvimento sustentável será discutido em uma reunião na cidade do Rio de Janeiro, em julho deste ano. “Esse conceito é relativamente novo, mas todos os países têm procurado, de uma maneira ou outra, incorporá-lo aos currículos. A gente tem visto que ainda falta mais compartilhamento internacional de bons materiais. O professor não precisa reinventar a roda, muitas vezes ele pode se inspirar em uma aula bem elaborada com o mesmo contexto. Ainda mais se o assunto é global, como a educação de desenvolvimento sustentável”, destacou.
Novidade – Uma novidade do GT de Educação em 2024 é a participação dos sindicatos dos trabalhadores da educação e dos estudantes, algo que não ocorria desde a criação do grupo, em 2018.
Agenda – Além da reunião desta semana, haverá outras três reuniões técnicas do GT de Educação: uma em maio, que acontecerá em Brasília (DF); outra em julho, na cidade do Rio de Janeiro (RJ); e a última em outubro, que será realizada em Fortaleza (CE), imediatamente antes da Reunião de Ministros da Educação.
GT de Educação – O Grupo de Trabalho de Educação teve origem a partir da preocupação dos membros do G20 com o grande contingente de jovens em todo o mundo que nem estudam nem trabalham. A crise econômico-financeira de 2008, o avanço na digitalização das economias, o desafio de cumprir as metas do Desenvolvimento Sustentável de Número 4 (Educação de Qualidade para Todos) e, mais recentemente, a pandemia de Covid-19 aceleraram a necessidade de coordenar esforços e promover ajustes e avanços nas políticas educacionais em escala global.
Participam de todas as reuniões do G20, inclusive de seu GT de Educação: membros do G20 (Brasil, África do Sul, Alemanha, Austrália, Arábia Saudita, Argentina, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Europeia e União Africana), além de países e organismos convidados para o GT de Educação do G20, como Emirados Árabes Unidos; Espanha; Paraguai; Uruguai; Noruega; Angola; Egito; Nigéria; Portugal; Singapura; Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO); Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE); Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF); Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Banco Mundial; Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI); Education International; The Global Student Forum.
G20 – O principal objetivo do G20 é reunir regularmente as mais importantes economias industrializadas e emergentes, a fim de debater questões-chave da economia global e promover políticas compatíveis com os resultados obtidos pelo grupo. O G20 conta com presidências rotativas anuais.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Assessoria Internacional
Fonte: MEC