Projeto da Unama propõe modelo de gestão sustentável para a Amazônia

Sistematizar técnicas modernas de gestão nos setores público e privado estão entre as propostas do Programa

Inovações em Gestão e Sustentabilidade na Amazônia. Essa é a proposta de um dos três projetos da Universidade da Amazônia (Unama) selecionado pelo Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) na Amazônia Legal, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC).

O projeto pretende ajudar na consolidação do Programa de Pós-graduação em Administração (PPAD) da instituição a partir de modelos inovadores e sustentáveis de administração e gestão de organizações públicas e privadas. O programa contará com o apoio do PPG em Direitos Fundamentais (PPGDF /Unama) que tem desenvolvido estudos sobre a gestão democrática de cidades. Este modelo inclui a participação da população, de associações e todos os setores, além  do uso de inteligência artificial para a melhoria da prestação de serviços básicos como saúde, educação, moradia e transporte.

Ana Vasconcelos, pró-reitora de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da Unama, fala sobre os seis eixos serão priorizados. “Dois eixos, público e privado, se complementam no terceiro eixo, focado no estabelecimento de relações entre os conceitos e experiências de inovações em gestão e sustentabilidade identificadas”, explica. “Os eixos subsequentes são operacionais e direcionados à atualização de competências e reprodução da inovação”, afirma. Um dos objetivos do projeto é incentivar os setores locais a adotarem a perspectiva de organizações inovadoras sustentáveis.

Neste sentido, será criado o Laboratório de Inovação em Gestão e Sustentabilidade (LIGS-Amazônia), uma base de dados com conteúdo, informações e ideias de projetos modernos e sustentáveis sobre expansão do espaço urbano. O projeto propõe ainda a criação de software de inteligência artificial, denominado Jurisdição 4.0, para mapear os processos que tratam dos direitos fundamentais – saúde, educação, moradia, transporte – na justiça comum do estado do Pará.

PDPG Amazônia Legal
O Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) na Amazônia Legal vai incentivar o desenvolvimento dos PPGs, em áreas estratégicas na região da Amazônia Legal. Serão oferecidas 488 bolsas: 130 para mestrado, 90 para doutorado e 268 para pós-doutorado. O investimento em cada projeto será de R$627,2 mil, dos quais R$200 mil são destinados ao custeio. A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e engloba nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e o Maranhão.

A seleção considerou como áreas estratégicas a Biotecnologia, Biodiversidade, Conservação e Recuperação Ambiental, Saúde Pública, Doenças Tropicais e Tecnologias para o Trabalho em Saúde, Combate e Prevenção Voltados ao Enfrentamento de Epidemias, Engenharias, Tecnologia de Informação e Comunicação, Clima, Energia e Recursos Hídricos, Produção Animal e Vegetal Sustentável, e Diversidade Sociocultural, Sustentabilidade e Atividades Socioeconômicas.

(Brasília – Redação CCS/CAPES)

Foto: Arquivo pessoal

Fonte: CAPES