Uma formação que abordou a utilização da tecnologia e a importância do bem-estar na docência foi realizada nos dias 22 e 23 de julho, no Centro de Eventos de Chapecó. Promovido pela Unoesc, o evento capacitou mais de 1,7 mil professores da rede estadual de ensino da Coordenadoria Regional de Educação de Chapecó (CRE), como ação de contrapartida do Universidade Gratuita. A ação foi organizada pela Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão da Instituição, coordenada pelo professor Diego Beal.
O professor do curso de Sistemas de Informação, Tiago Zonta, iniciou a capacitação com o tema “Fortalecendo a prática docente com Inteligência Artificial”, ao apresentar ferramentas para um ensino inovador e tecnológico em sala de aula, além de ressaltar o papel dos educadores na curadoria e gestão de informações relacionadas aos avanços da inteligência artificial (IA).
— Os jovens estão inseridos no mundo da tecnologia e da inteligência artificial e os professores precisam saber que a IA vem para fortalecer a prática docente. É importante saber que a IA não substitui o docente, mas que, dentro da sala de aula, podemos utilizá-la para acelerar o nosso tempo e melhorar o nosso material de ensino. A tecnologia segue sendo aperfeiçoada, mas o conhecimento está com os especialistas, e a IA é uma aliada, não uma ameaça — ressaltou o professor Tiago Zonta.
A estudante de mestrado do Programa de Pós-graduação em Administração (PPGA) da Unoesc, Patricia Mattana, abordou o tema “Cuidar de si para cuidar do outro”, que mostrou os desafios da aprendizagem e a saúde mental dos professores.
— O trabalho do professor é desgastante em muitos momentos. Mas, acredito que o entusiasmo vem principalmente pelo propósito, entender o porquê está fazendo aquilo. É importante que a gente consiga conscientizar as famílias e os estudantes da importância do papel do professor que passa tantas horas com os filhos dessas famílias. O nosso tripé básico da saúde mental é o sono, a alimentação, o exercício físico. É preciso sentir o que desgasta e o que recarrega, tudo isso é muito importante para o nosso autocuidado — pontua Patricia.
Orientadora da estudante Patrícia, a professora Sayonara de Fátima Teston ressaltou as potencialidades do mestrado e do doutorado na Unoesc, focadas em resolver também problemas práticos e reais da sociedade e da comunidade.
— Essa pesquisa da Patrícia é sobre saúde mental de professores e ela tem um financiamento, um apoio muito importante da Unoesc e da Fapesc, porque ela gera dados, ou seja, gera conhecimento sobre a saúde mental dos professores, dados de ansiedade, de estresse, de esgotamento profissional, que vão poder nos fornecer um mapeamento de como está a nossa região nesse sentido. A partir de um bom diagnóstico, nós conseguimos fazer boas intervenções — reforça.