Um evento plural, vivo e dinâmico, com palco e microfone abertos para que autores e autoras, de modo autogestionado, exponham ideias e realizem os lançamentos de seus livros. Assim tem funcionado o espaço de lançamentos de livros na 4ª Conferência Nacional de Cultura (CNC), em Brasília. Até o dia 7 de março, de 15h às 20h, escritores e escritoras de todo o Brasil apresentam suas obras no Palco Multicultural, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Foram mais de 200 inscritos para a programação, com 80 selecionados. O chamamento público foi aberto para obras ficcionais e não ficcionais.
“É muito importante esse espaço de lançamento de livros na CNC porque o fluxo de pessoas do Brasil inteiro é muito grande, uma diversidade de visões e de produções, uma pluralidade de vozes que o país pode conhecer. Isso é muito significativo e tem um alcance muito potencializado”, afirma Maiesse Gramacho, chefe de divisão de literatura, da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB/Sefli). Para ela, o evento mostra, também, a importância que o livro e leitura têm adquiridos nessa gestão, com o fortalecimento das pautas da Secretaria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (Sefli). “Estamos incluídos em todas as pautas e é importante sempre termos as políticas do livro presentes, não apenas nas discussões, mas nos eventos também”.
No espaço, a diversidade ocupa as prateleiras. São obras de vários gêneros literários como poesia, conto, romance e também pesquisas sistematizadas em múltiplas áreas das políticas públicas culturais. “E com temáticas que abordam, por exemplo, a questão quilombola, e afro-indígena ganhando, assim, uma representatividade importante”, explica a chefe de Divisão de Economia do Livro da Secretaria de Formação, Livro e Leitura (Sefli) do Ministério da Cultura (MinC), Maria Carolina Machado.
Para a escritora Jussara Prates, que lança a obra “Educação Democrática: O impacto dos projetos escolares”, estar na 4ª Conferência Nacional de Cultura é uma oportunidade para qualquer escritora, especialmente porque, segundo ela, a sua obra trabalha com educação democrática e de como é possível trazer todas as concepções teóricas sobre democracia e participação dentro da escola, de como fazer essa bolha explodir lá no chão da escola, frisa.
“E como trabalhadora da cultura, sempre atuei com projetos, e fiz essa fusão e realmente os projetos escolares são uma forma incrível de trabalharmos a educação do ponto de vista do protagonismo do aluno, de como ele produz o seu conhecimento”, afirma a escritora. Ela informa ainda que, dessa forma, segundo a escritora, o professor e o aluno acabam sendo produtores de cultura. “E termos essa discussão logo quando estamos construindo o novo Plano Nacional de Cultura (PNC), é muito relevante, uma oportunidade ímpar que fortalece também a política do livro e da leitura e o setor da economia”, ressalta Jussara Prates.
Também com livro sendo lançado na CNC, a professora e escritora Cláudia Leitão traz para o público a obra “Criatividade e emancipação nas comunidades-rede: contribuições para uma economia criativa brasileira”. Para ela é uma emoção lançar livros na CNC, a autora explica ainda que acompanhou, como gestora pública, todas as conferências nacionais, e frisa o sentimento de reencontro com essa edição de 2024. “Como gestora pública, penso que temos que estar cada vez mais preocupados em escrever, em escrever cada vez mais. Precisamos estar atentos, à essa dificuldade nossa, na área da cultura, de termos indicadores, de efetivarmos programas, de avançarmos com experiências, de estarmos mais no território e produzirmos conhecimentos”, aponta a professora Cláudia Leitão.
A escritora informa ainda que, na sua obra, ela traz a discussão sobre a necessidade de entendermos a política pública como uma política social, e fala de Celso Furtado e sua frase em que ele nos apresenta que a criatividade é uma invenção da cultura. “E são os valores da cultura que definem os tipos de apropriação da criatividade e os tipos de desenvolvimento que você deseja, o que se preocupa com a qualidade de vida e cidadania”.
Realização
A 4ª CNC é realizada pelo MinC e pelo Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), e correalizada pela Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI). Além disso, conta com apoio da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso Brasil).
O Festival da Cultura, que também integra a programação, é apresentado e patrocinado pelo Banco do Brasil, como realização do MinC e do CNPC, correalização da OEI e apoio da Flacso Brasil.
Para mais informações, acesse o site do Ministério da Cultura.
Fonte: Ministério da Cultura
