Volta aos estudos marca histórias de mulheres

Mães e universitárias, Veronica Pinto Coelho, 60 anos, e Maria Braz Lima, 55 anos, dão exemplo de que a educação vale a pena em qualquer idade. Ambas são colegas no curso de psicologia do Centro Universitário de Brasília (UniCeub) e tornaram-se exemplo para os filhos ao decidirem conciliar a maternidade com os estudos.

Para Verônica, o desafio veio aos 20 anos, quando teve a primeira filha enquanto ainda cursava jornalismo. A segunda filha também nasceu durante a faculdade. Hoje, de volta à sala de aula, estuda na mesma universidade que a caçula. “É difícil, mas possível. Naquela época, eu sempre dependia de alguém. Tinha uma empregada que ficava com elas em casa para eu ir à faculdade, mas ela não ia todo dia e às vezes eu levava as duas comigo para a sala. Na minha formatura, minha caçula chorava. Hoje, a minha mais nova também faz faculdade comigo; ela cursa nutrição. De manhã, eu passo na casa dela e nós vamos juntas para a faculdade”, conta, orgulhosa.

Situação semelhante viveu Maria Braz, quando, ao ver os filhos ingressarem na faculdade, decidiu cursar pedagogia. “Eu cheguei a tentar vestibular para matemática quando eles eram pequenos. Um tinha três anos e o outro, um. Não passei. Foi muito frustrante, mas me dediquei à educação deles. Quando eles terminaram a escola, vi que era a hora de me formar”, diz.

Na época, Maria ainda trabalhava como bancária e o apoio dos filhos foi crucial para essa retomada aos estudos. “Os dois moravam comigo e faziam faculdade também. Eles ajudaram muito nos trabalhos, apresentações, uso de computador, toda a parte prática. Engraçado que sempre diziam: ‘você estuda demais’. Mas é diferente quando a gente vai para a faculdade com filhos. Eu estudava até em dia de domingo”, disse Maria. O mesmo comprometimento segue hoje, no curso de psicologia, que foi um sonho resgatado da infância.

Atualmente, Maria está no quinto período e deve se formar em 2019. Tem planos de trabalhar na área e quer focar na clínica. “Estou ansiosa para voltar a trabalhar e pretendo fazer clínica, voltar para a área de desenvolvimento humano, crianças e adolescentes. Penso também nos idosos”, afirmou.

Ambas concordam que se manter estudando é um dos segredos para não envelhecer. “Estudar é uma troca constante de experiências, uma renovação, não dá tempo de ficar parada e envelhecer. Envelhecer é quando você para no tempo”, observou Maria Braz. Verônica Coelho acrescenta que, ao manterem uma rotina de estudos, as mães conseguem dar exemplo para os filhos e cobrar deles mais responsabilidade com a formação. “É bom porque as crianças começam a ver que você também estuda e a tendência é que ela se sinta na responsabilidade de fazer o mesmo”.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MEC

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